Internacional Titulo Guerra
Rússia diz que Ucrânia rejeitou as negociações

Exército de Putin recebeu ordens para intensificar ataques; representante ucraniano pede diálogo

Das agências
27/02/2022 | 07:52
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Governo da Ucrânia


O exército da Rússia recebeu ontem ordens para intensificar os ataques ao país vizinho. Segundo informações divulgadas pelo governo russo, a Ucrânia teria senegado a negociar um acordo para se desmilitarizar. "Depois que o lado ucraniano se recusou a negociar, todas as unidades foram ordenadas a desenvolver uma ofensiva em todas as direções de acordo com o plano da operação", informou o Ministério da Defesa russo, em comunicado. Um pouco mais cedo, em entrevista coletiva, o encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou que o país continua aberto ao diálogo.

Um ataque mais duro à capital ucraniana Kiev está previsto para ocorrer nas próximas horas. O prefeito Vitali Klitschko impôs toque de recolher que durará da noite de ontem até a manhã de segunda-feira sem intervalos ­ "para uma defesa mais eficaz da capital e segurança de seus moradores".

Segundo relatório das forças ucranianas divulgado ontem, a Rússia tem sofrido severas baixas durante a invasão dos últimos dias. Os militares ucranianos afirmam que o inimigo já perdeu 3.500 soldados, 14 aviões, 8 helicópteros, 102 tanques, 536 veículos armados BBM, 15 metralhadoras pesadas e um míssil BUK em seu ataque ao país governado por Volodymyr Zelensky.

Em meio à batalha de narrativas, avançam as sanções que a Europa e países como Estados Unidos e Canadá vão impor à Russia. Em declaração públicadivulgada em seu Twitter, ontem, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o grupo garantirá que bancos russos sejam removidos do sistema bancário Swift ­ que é a Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancária Mundiais, uma cooperativa internacional que atua como um canal de comunicação internacional entre bancos e padroniza transações financeiras entre diferentes países.

A exclusão da Rússia é um duro golpe para o Kremlin, já que impedirá a atuação internacional dos bancos do País e deve bloquear suas importações e exportações. Leyen começou a declaração afirmando que, em coordenação com Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Canadá e Reino Unido, a Comissão Europeia estaria apresentando medidas para reforçar a resposta à invasão russa à Ucrânia, com objetivo de "mutilar a habilidade de Putin de financiar sua máquina de guerra".

Além das medidas para estrangular a economia russa, a Alemanha anunciou envio de armamento à Ucrânia. Pelo Twitter, o chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou o ataque russo. "É nosso dever fazer o possível para apoiar a Ucrânia em sua defesa contra o exército invasor de #Putin. É por isso que estamos entregando 1.000 armas antitanque e 500 mísseis Stinger para nossos amigos na #Ucrania." 




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