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Região tem semana com mais mortes desde julho de 2021

Foram 106 óbitos entre 30 de janeiro e sábado, resultado só superado pelas 151 perdas de seis meses atrás; Fiocruz identifica dois casos de nova linhagem

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
07/02/2022 | 00:01
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André Henriques/DGABC


A 99ª semana epidemiológica da pandemia de Covid-19 terminou no sábado com o maior número de mortes registrado no Grande ABC em seis meses. De acordo com os boletins enviados pelas prefeituras, foram confirmados entre os dias 30 de janeiro e 5 de fevereiro mais 106 óbitos em decorrência de problemas causados pelo coronavírus. A marca é a maior desde a semana entre 25 e 31 de julho de 2021, quando foram reportados 151 perdas na região.

Na comparação da semana passada com os sete dias imediatamente anteriores, a alta foi de 37,6%, já que entre 23 e 29 de janeiro foram registrados pelas sete cidades 77 falecimentos por Covid.

As mortes, de acordo com especialistas e com as próprias prefeituras são, em sua maioria, de indivíduos que não completaram o esquema vacinal contra a Covid. De acordo com a administração de Santo André, oito de cada dez perdas são de pacientes não imunizados completamente.

A alta também pode estar relacionada com o represamento de dados, já que desde dezembro as prefeituras têm alegado problemas para inserir as informações nos sistemas do Ministério da Saúde. Das 106 mortes registradas na última semana, 37 foram informadas por São Bernardo que divulgou o boletim em apenas dois dias. Outros 30 óbitos foram registrados por Santo André, 13 por Mauá, 12 por São Caetano, outros 12 por Diadema e dois em Ribeirão Pires.

LONGE DO FIM
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil ainda não chegou ao pico da nova onda da Covid-19 causada pela variante ômicron. No País há cerca de dois meses, a nova cepa registrou, no fim de janeiro, 300 mil casos diários de infecções do coronavírus. “Analisando a última semana epidemiológica do País, tivemos aumento de casos de Covid-19 e ainda não chegamos no pico da onda da ômicron. O enfrentamento contra a doença continua”, avaliou Queiroga.

No sábado, a Fiocruz(Fundação Oswaldo Cruz) identificou, a partir da técnica de sequenciamento genético, dois casos da linhagem BA.2 da variante ômicron, um no Estado do Rio de Janeiro e outro no de Santa Catarina. A confirmação foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz, que atua como Centro de Referência Nacional em vírus respiratórios junto ao Ministério da Saúde e que vem atuando no mapeamento de genomas do vírus desde o início da pandemia. O laboratório integra a Rede Genômica Fiocruz.

O diagnóstico inicial foi feito pelos laboratórios dos Estados por meio do exame RT-qPCR. As amostras foram encaminhadas para o laboratório para a realização do sequenciamento genômico, o que confirmou a presença da subvariante BA.2. Segundo a Fiocruz, a nova linhagem é mais contagiosa, mas ainda é desconhecido se ela é mais perigosa. (com Abr)
 




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