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Na 1ª sessão pós-afastamento de Claudinho, oposição nega rótulo de golpista

Contrários ao prefeito de Rio Grande reagem a cartas de repúdio apresentadas a ato contra tucano

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/09/2021 | 01:15
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Nario Barbosa/ DGABC


Na primeira sessão depois do afastamento e do retorno do prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PSDB), a bancada de oposição refutou rótulo de golpista, desferiu ataques ao governo tucano, acusou as entidades críticas à decisão da semana passada de terem sido manipuladas e aprovou série de requerimentos indigestos ao Paço.

A sessão começou com a leitura de série de cartas de repúdio de variadas associações organizadas do município à postura do Legislativo, que na semana passada aprovou a instalação de dois processos de impeachment contra o chefe do Executivo e, por emenda, avalizou o afastamento do tucano sob alegação de preservação das investigações. O ato contra Claudinho foi revertido por decisão judicial no dia seguinte, com argumento de que não há dispositivo legal que ampare a saída temporária do prefeito sem a confirmação da cassação.

Depois desse período, os vereadores críticos ao atual chefe do Executivo se revezaram em apresentação de requerimentos de informação sobre suspeitas de irregularidades no governo. Entre eles o destino de verbas de emendas para a saúde, o motivo pelo qual não há ortopedista no município e esclarecimentos sobre atuação de suposto médico com CRM (Conselho Regional de Medicina) falso que atuou na rede e assinou atestados de óbitos. Os pedidos foram aprovados por unanimidade – somente o presidente da casa, Charles Fumagalli (PTB), e Marcos Costa, o Tico (DEM), estavam ausentes dos trabalhos.

Durante a plenária, a mesa diretora também recebeu comunicado de respostas de série de requerimentos anteriormente apresentados – uma das denúncias que balizam processo de impeachment de Claudinho diz respeito à falta de retorno aos questionamentos formais de vereadores.

No fim da sessão, presidida por Israel Mendonça (PDT), os vereadores oposicionistas foram à tribuna para rebater as críticas das entidades. A maioria garantiu que agiu na legalidade ao afastar o prefeito, apontando a tese da simetria constitucional – quando o processo de cassação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi aprovado na Câmara, ela foi afastada. Também aproveitou o espaço para questionar o governo.
 




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