O deputado federal Luiz Sérgio (RJ) foi escolhido por unanimidade nesta quarta-feira líder da bancada do PT na Câmara. Sérgio substitui Henrique Fontana (RS). Para a escolha do vitorioso, os dois outros candidatos saíram da disputa: Maurício Rands (PE) e Fernando Ferro (PE).

O novo líder considerou sua escolha fruto de um grande acordo. “Minha escolha por aclamação mostra, acima de tudo, que o espírito que nos move é de unidade. Para que a força do PT possa se expressar no momento em que estamos diante de um enorme desafio, que é colocar o Brasil na direção do crescimento com distribuição de renda”, afirmou.

“Esta unidade é um processo que vem desde o empenho do PT em torno da eleição do deputado Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara", disse. Segundo ele, o atual momento é marcado por um grande espírito de colaboração entre os parlamentares petistas.

O grande desafio para a bancada petista, segundo o novo líder, será a aprovação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que, segundo ele, vai melhorar as condições de desenvolvimento do país. “O PT é protagonista na luta pelo desenvolvimento do país e o PAC interessa ao povo brasileiro”, ressaltou.

Anistia - Sobre uma eventual movimentação do PT para aprovar um projeto que dê anistia ao ex-deputado José Dirceu (cassado em 2005 por suposto envolvimento no esquema do Mensalão), Sérgio fez o seguinte comentário: “Essa anistia está na pauta da imprensa, mas não vai constar da pauta do PT”.

Comissões - Durante a reunião do PT na noite desta quarta-feira, também ficou definido que o partido apresentará candidatos às presidências das comissões de Finanças e Tributação; de Desenvolvimento Urbano; e de Direitos Humanos e Minorias. Os nomes serão indicados levando em conta, proporcionalmente, a representação na Câmara das correntes internas do PT, que são chamadas de “tendências”.

Em uma reunião anterior nesta quarta-feira, a bancada chegou a anunciar que reivindicaria a presidência da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. No entanto, foi constatado depois que esse cargo não caberia ao PT, segundo a ordem de escolha definida com base no princípio da proporcionalidade partidária.