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Candidata francesa reforça sua campanha com Lionel Jospin
Por Da AFP
23/02/2007 | 12:51
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A candidata socialista à presidência da França, Segolene Royal, surpreendeu ao integrar em sua equipe o ex-primeiro-ministro Lionel Jospin, que, junto com outras personalidades de seu partido até agora mantidas à distância, deve reforçar sua campanha.

A dois meses do primeiro turno das eleições presidenciais, Royal anunciou na quinta-feira à noite a nomeação de uma "equipe de pacto presidencial" formada por 13 pessoas, entre elas os dois adversários derrotados nas primárias de seu partido, Dominique Strauss-Kahn e Laurent Fabius.

A candidata socialista havia anunciado há dias a incorporação desses nomes de peso em sua campanha, depois que seu assessor financeiro, Eric Besson, apresentou sua demissão e abandonou posteriormente o partido por uma série de discrepâncias.

No entanto, a chegada de Jospin - até então inimigo acirrado de Royal, cuja campanha classificou de "demagoga" e "fútil" - à campanha causou uma grande surpresa. A derrota do ex-primeiro-ministro socialista no primeiro turno das eleições presidenciais de 2002 para o líder de extrema-direita xenófoba Jean Marie Le Pen representou um terremoto político sem precedentes na França.

Jospin tentou voltar ao primeiro plano político visando as próximas eleições, mas fracassou em obter o apoio dos "elefantes" de seu partido, como é conhecida a hierarquia socialista.

Sua integração à campanha de Royal pode, no entanto, ser usada pela candidata para rebater as acusações de que é inexperiente e falta coerência em suas propostas econômicas.

"Todo mundo está unido nessa fase decisiva da campanha", celebrou Royal, que chegou a esta decisão depois de 28 pesquisas desfavoráveis. As últimas duas pesquisas, depois de sua aparição televisiva de segunda-feira, na qual respondeu ao vivo às perguntas dos franceses, dão a Royal 49% dos votos frente aos 51% para o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, candidato oficial da UMP (União por um Movimento Popular). A porcentagem passa para 48% a 52%, respectivamente, no segundo turno.

As novas incorporações à campanha socialista, no entanto, desencadearam a ironia dos conservadores. "É a volta do grande desfile dos elefantes do PS", afirmou o líder da UMP, Laurent Wauquiez.




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