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Vivo e operante

Criado em 1962 e reconstruído nos anos 1990,
o Teatro Lauro Gomes está em boas condições

Vinícius Castelli
12/06/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Um jardim bem cuidado e um hall de entrada cheirando a tinta nova – com direito a cadeiras e até sofá – dão as boas vindas ao público no Teatro Lauro Gomes, situado em rua tranquila no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo. No total, cerca de 15 pessoas trabalham duro para deixar o espaço, o mais requisitado da cidade, funcionando.

O Lauro Gomes tem história curiosa. Erguido em 1962, era pequenino, um anfiteatro, e fazia parte do Grupo Escolar Otílio de Oliveira. Nos anos 1980 passou a ser do Estado e, por conta das instalações precárias, ficou fechado por uma década. Nos anos 1990 se tornou aparelho cultural municipal e passou por grande reforma. Foi reconstruído e ampliado.

Longe de ser um teatro totalmente modernizado, o Lauro Gomes é aconchegante e bem cuidado em sua maior parte. As poltronas, que foram trocadas em 2010, mesmo ano que o espaço passou por modernização das instalações, estão em ótimo estado e acomodam 526 pessoas, que contam com boa visão do palco de qualquer uma delas.

O piso da plateia é emborrachado, o que evita escorregões, mas faltam luzes ou alguma indicação de emergência – principalmente quando o ambiente fica escuro. “O tratamento acústico é em madeira com isolamento de espuma injetada”, diz Sergio Edilson Grandini, técnico operador de som e luz do local. O sistema de som é digital e as lâmpadas são do fim de 1998. Tudo funcionando. “Para um teatro da idade deste, tudo está em ordem”, afirma Grandini.

O palco, estilo italiano, é grande e está em bom estado. O teatro possui três camarins. O maior conta com banheiro e pintura nova. O que está ao lado precisa de reparos na parte de baixo da parede, que está quebrada, assim como o espelho. O Lauro Gomes tem acesso para deficientes físicos e banheiro adaptado.

Segundo José Carlos de Lima, administrador do local, o Lauro Gomes está pronto para receber de eventos musicais, peças, balés até atrações circenses. Fernando Silva, agente cultural, acrescenta ponto importante. “Estamos instalados em ótima rota, perto de São Paulo e de São Caetano.”

O espaço funciona a todo o vapor, com agenda todos os fins de semana. Ao longo de sua história, o Teatro Lauro Gomes já recebeu nomes como o cantor Zé Geraldo, companhias ucranianas de balé, a atriz Vera Fischer e até o escritor da Paraíba Ariano Suassuna (1927-2014).

O Diário faz série de reportagens para avaliar os teatros da região. 




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