O tradicional subdistrito de Riacho Grande, em São Bernardo, é a menina dos olhos não apenas do poder público, como também de empresas e de moradores que frequentam o local. A região é considerada propícia para novos investimentos e está em franco desenvolvimento.
Um dos motivos é a lei de incentivos que deverá ser lançada neste ano pela Prefeitura, com o objetivo de florescer o turismo, a hotelaria e a logística. A proposta visa beneficiar empresas que se instalarem no local. Elas receberão até 80% de isenção fiscal e as que já atuam na região e pretendem modernizar as instalações terão 100% de subsídios, de forma escalonada e decrescente.
Isso somado a aportes que já estão em curso - como R$ 15 milhões oriundos de convênio com o Ministério do Turismo para revitalizar a Prainha e reformar o Parque Estoril -, são fatores que animam investidores.
Em decorrência do processo, empresas de diversos segmentos começam a investir. O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo da cidade, Ronaldo Tadeu, frisou a importância de apostar nos setores previstos pela nova lei. "Hotelaria e logística têm muita afinidade e vocação com a situação econômica da região. E com a vinda do Rodoanel, a expectativa é de que mais empresas se beneficiem dos incentivos fiscais."
Com novas oportunidades favorecidas pelos incentivos, a consequência são mais empresas interessadas em migrar para Riacho Grande. O local já conta com dez indústrias, 250 centros comerciais e cerca de 550 prestadores de serviços.
Pelo fato de o subdistrito comportar grande área de proteção a mananciais, a alternativa é explorar o que Riacho pode oferecer. "Estamos revisando o plano diretor. Aí teremos diretrizes para uso do solo que, aliadas à leis existentes vão tornar conivente a instalação de atividades não poluentes", diz.
O presidente da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo), Valter Moura, acrescenta que o subdistrito merece atenção. "Está em franco desenvolvimento. Estamos indo aos poucos, para alavancar a região para o desenvolvimento econômico sustentável."
Moura reitera que o local tem apelo cultural e turístico, necessitando aproveitar a natureza sem degradá-la para colher bons frutos no futuro. "Essa união é de fundamental importância para promover o desenvolvimento sustentável."
As condições favoráveis atraíram, por exemplo, a Madel, tradicional madeireira, a decidir pelo Riacho Grande na hora de montar seu novo CD (Centro de Distribuição). A opção pelo município se deu pela vontade unânime dos dirigentes em continuar em São Bernardo, onde a empresa nasceu. O local ficará pronto ainda neste ano na antiga CBL (Cia Brasileira de Lâmpadas).
"A própria instalação desse investimento irá revitalizar a área. Atuamos junto aos investidores para viabilizar isso porque entendemos que a requalificação industrial é importante", ressalta Tadeu.
Para o gerente de vendas da Madel, Clodoaldo Orlandini Roberto, a nova conjuntura econômica adotada pela Prefeitura foi um dos fatores que motivaram a escolha, assim como o Trecho Sul do Rodoanel. "É uma região em franco crescimento e a construção civil em São Bernardo está forte. A facilidade da Via Anchieta, dando saída para todos os lados, mais o Rodoanel, ajudou bastante nossos fornecedores, que são em 95% fora do Estado." Projeta-se que a cidade será beneficiada com mais 350 empregos no período. Deste número, 150 serão com carteira assinada e os demais de modo informal.
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