Política Titulo São Bernardo
Justiça marca para dia 17 julgamento da eleição do Sindserv
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/06/2016 | 07:00
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Andréa Iseki


A juíza Roseli Yayoi Okazava Francis Matta, titular da 3ª Vara do Trabalho de São Bernardo, marcou para o dia 17, às 17h30, julgamento sobre a primeira eleição à presidência do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) da cidade, realizada em setembro. Esse pleito, vencido pelo oposicionista Marcelo Siqueira, foi cancelado pela comissão eleitoral, que acatou representação do presidente Giovani Chagas, candidato à reeleição.

A análise judicial é considerada como derradeira para desfecho do polêmico episódio, já que, em dezembro, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) anulou a segunda eleição, organizada em novembro e vencida por Giovani Chagas.

No dia 26 de setembro, a chapa oposicionista, liderada por Siqueira (funcionário público da Secretaria de Educação), venceu o pleito por diferença de 51 votos. Chagas denunciou o grupo contrário alegando que houve fraude na lista de votantes. A comissão eleitoral, formada por maioria ligada a Chagas, acatou a representação e determinou a recondução do processo eleitoral.

A nova eleição foi realizada no dia 28 de novembro. A oposição acusou o bloco de sustentação de sumir com uma das urnas de votação. O caso foi parar na polícia, porque militantes de Siqueira disseram ter sido agredidos por seguranças ligados a Chagas, o que ele nega. Apesar de toda confusão, a comissão eleitoral homologou a vitória de Chagas. Desde então, o caso se arrasta na Justiça.

Quando anulou a segunda eleição, em dezembro, o TRT estendeu a decisão para a posse da nova diretoria. Decidiu que Chagas ficaria como presidente provisório (por já estar no cargo), mas sugeriu que outro pleito fosse organizado.

Oposicionista, Marcelo Siqueira chamou o ato do grupo situacionista de “golpe” e lembrou da discussão sem avanço no Ministério Público sobre regras para nova eleição ao comando do Sindserv. O ponto de discórdia foi sobre possibilidade de inscrições de outras chapas – os adversários avaliam não ser legal o registro de outras candidaturas antes de homologado acordo eleitoral com o MP. “Sabemos que cabe recurso e eles (situação) vão recorrer. De qualquer forma, a decisão expõe algo que eles tentaram omitir a todo custo, que a posse deles estava anulada desde dezembro”, disse Siqueira.

Chagas se posicionou por meio de nota publicada no site oficial do Sindserv. “Sobre as últimas notícias de suspensão de posse da chapa 1, vencedora da eleição em novembro de 2015, o Sindserv informa que todas as decisões judiciais serão cumpridas como sempre foram por esta diretoria, que, de forma responsável, tem conduzido a entidade (...) Não vamos deixar de exercer a legítima representação da categoria em defesa de seus direitos. Vamos seguir na representação e defesa dos direitos dos servidores, agindo de acordo com os anseios da categoria como sempre fizemos. Muitos trabalhadores podem ter esquecido quem são, mas é bom lembrar porque às vezes velhos lobos se disfarçam com pele de cordeiro.” 




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