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Cresce distribuição de remédio contra H1N1

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
02/04/2016 | 07:00
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A rede pública de Saúde do Grande ABC registra pico na distribuição do medicamento Tamiflu, usado no tratamento da Influenza A (H1N1) somente sob prescrição médica. O vírus, que causou pânico em 2009, chegou fora de época neste ano e já fez ao menos três vítimas fatais na região, sendo duas em Santo André e uma em Mauá. Dois óbitos são investigados em Diadema.

Em São Caetano, enquanto em todo o ano de 2015 foram dispensadas 1.060 unidades do remédio, neste primeiro trimestre foram 4.000 comprimidos – 3.980 só em março.

Em Mauá, foram distribuídos 828 comprimidos em 2015. Neste ano, 3.600.

Em Santo André, a Secretaria de Saúde não fechou a conta da distribuição do medicamento em março, quando o número de casos aumentou no Estado. Segundo a administração, em 2015 foram dispensadas 532 cápsulas nas unidades de Saúde de urgência e emergência, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e PAs (Prontos Atendimentos). Não estão contabilizados hospitais públicos e privados. Nos dois primeiros meses de 2016, foram 110 comprimidos.

Com o crescente índice de casos de H1N1em março, o estoque do Tamiflu na rede de Saúde pública andreense aumentou. Segundo a administração, entre setembro do ano passado a fevereiro deste ano, 440 cápsulas de Tamiflu foram distribuídas. Já até o dia 29 de março, foram 3.560 cápsulas. O medicamento é fornecido pelo Ministério da Saúde e distribuído pelo Estado.

Ribeirão Pires informou que, de janeiro até hoje, foram atendidos 40 pacientes nas farmácias da rede pública, sendo 30 apenas nesta semana. Diadema, São Bernardo e Rio Grande da Serra não se manifestaram.

FARMÁCIAS

Enquanto a distribuição do medicamento aumenta na rede pública, estabelecimentos farmacêuticos particulares registram falta do Tamiflu. O Diário entrou em contato com farmácias de Mauá, Santo André e São Bernardo e a resposta dos atendentes foi de que o remédio está em falta, sem previsão de chegada. O preço da caixa com dez comprimidos varia de R$ 83 (30 mg) a R$ 205 (75 mg).

Em 2014, análise da Cochrane Collaboration, rede independente e global de pesquisadores e profissionais de Saúde, apontou que o Tamiflu não evita a disseminação da gripe e nem reduz as complicações perigosas da doença. O professor de Infectologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Hélio Vasconcellos Lopes diz que o remédio não é perfeito. “A solução é tentar evitar o H1N1 com a vacina. Depois de 14 dias, a pessoa está protegida. Não é perfeita, mas garante 90% de proteção.” 




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