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Primeira mulher chega à Suprema Corte da Argentina
Por Da AFP
28/06/2004 | 18:09
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A advogada Elena Highton tornou-se, nesta segunda-feira, a primeira mulher a chegar à Suprema Corte de Justiça da Argentina, marcando assim a democracia no país e dando mais um passo na renovação do alto tribunal que está sendo empreendida pelo presidente Néstor Kirchner.

Além dela, Carmen Argibay, membro do TPI (Tribunal Penal Internacional), está prestes a se juntar ao corpo supremo da corte depois de ter participado na semana passada de uma audiência pública, uma nova instância criada por Kirchner e pela qual também passou Highton.

A advogada, 62 anos, prestou juramento nesta segunda-feira ante o titular da Corte, Enrique Petracchi, em uma cerimônia realizada em Buenos Aires, capital. A atual juíza da Suprema Corte é especialista em mediação, que advoga desde 1973.

Elena Highton substituiu o destituído vice-presidente do máximo tribunal, Eduardo Moliné O'Connor. Ele e outros membros de destaque da maior instância jurídica argentina tiveram de abandonar o cargo por acusações de corrupção durante o governo de Menem (1989-1999).

Argibay, 65 anos, é membro do TPI em Haia, na Holanda, onde são julgados os crimes cometidos durante a guerra da ex-Iugoslávia. Se o Senado aprovar sua nomeação, a Corte será integrada por duas mulheres pela primeira vez na história da Argentina.

Highton formou-se em advocacia em 1966, fez inúmeros cursos de pós-graduação na Universidade de Harvard (EUA) e é autora de cerca de 30 livros, a maioria de direito civil, sua especialidade.

A nomeação de Argibay foi questionada por setores da Igreja que denunciaram seu ateísmo declarado, enquanto Highton teve a oposição da organização Pró-Vida e setores ultracatólicos por sua posição a favor do aborto em alguns casos.




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