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Lula ataca Serra, Garotinho e Maia
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21/01/2006 | 08:13
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Sob sol forte e gritos de 'ão, ão, ão, queremos reeleição', o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou um ato público em Queimados, na Baixada Fluminense, para atacar os principais adversários, o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), o secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio, Anthony Garotinho (PMDB), e criticar o prefeito da capital fluminense, Cesar Maia (PFL), todos pré-candidatos a presidente. Diante de cerca de 10 mil eleitores, disse que vários programas federais não avançaram mais por falta de colaboração das duas prefeituras e do governo do Rio, chefiado pela governadora Rosinha Garotinho (PMDB), mulher de Anthony Garotinho.

"Vocês sabem o que fizemos na indústria naval do Rio, mas tem gente que diz que não é nossa, é deles", criticou, sem citar o casal Garotinho. "Não vou ficar discutindo quem é o pai da criança, quero saber quem é que está cuidando da criança, quem é que está dando comida para a criança, quem é que está alimentando e educando essa criança." Lula reclamou que queria fazer os programas Farmácia Popular e Bolsa Família com o governo do Estado e a prefeitura do Rio, mas não houve acordo.

Ele rebateu as queixas do casal Garotinho, de falta de atenção com o governo estadual. "Sempre disse que mentira tem pernas curtas. O dinheiro que vem de Brasília para cá é 54% de tudo que o Estado do Rio arrecada. Duvido que, em algum ano da história do Rio, ele tenha recebido essa quantidade de dinheiro." Rosinha não compareceu ao ato, que liberou R$ 100 milhões para o setor de saúde.

Sem citar Serra ou Maia, Lula acusou-os pelas dificuldades do Pró-Jovem, que dá bolsas a jovens de 17 a 24 anos para que retomem os estudos.

"Algumas prefeituras não assumiram a totalidade das vagas. São Paulo teve 30 mil inscritos e não teve as vagas ocupadas porque depende muito do trabalho da prefeitura. No Rio, foram mais de 30 mil inscritos e só há 8 mil cursando porque tem problema".

O presidente afirmou que 2006 será um ano de "colheita muito grande", ao falar das realizações do governo. "É por isso que, de vez em quando, vocês vão ver algumas pessoas dizendo: Esse ato de Queimados é campanha eleitoral. A inauguração de uma estrada é campanha. Se eu não fizesse, era campanha para eles. Se faço, eles dizem que é para mim. Entre fazer para eles e fazer para mim, eu prefiro fazer para nós, aqui", ironizou.

O ato foi montado pelo Ministério da Saúde e pelas prefeituras de Queimados, governada pelo prefeito Rogério do Salão (PL), e de Nova Iguaçu, ao lado do esqueleto do Hospital Geral de Queimados, cujas obras estão paradas desde 1992. Segundo Rogério do Salão, a administração municipal gastou R$ 70 mil. O PT levou ônibus com militantes. O PC do B e políticos da região mobilizaram adeptos. O Poder Executivo municipal fez publicidade do ato com carros de som e pelo rádio. Foi assim que o pintor Rogério Oliveira da Silva e o aposentado José Fernandes Nascimento souberam e resolveram participar.




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