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Cidades usam Pfizer para suprir falta da Astrazeneca
Anderson Fattori
14/09/2021 | 05:31
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Heudes Regis/SEI/Fotos Públicas


Quatro cidades do Grande ABC já utilizam as doses da Pfizer para suprir a falta do imunizante da Astrazeneca. As prefeituras de Santo André, São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires assumiram que os estoques da vacina produzida no Brasil pela Fiocruz acabaram e vão seguir orientação do governo do Estado, por meio do PEI (Plano Estadual de Imunização), que prevê a intercambialidade de fármacos para completar o esquema vacinal quando uma das vacinas não estiver disponível. São Caetano e Mauá disseram que ainda possuem quantidade suficiente de Astrazenca para atender os munícipes nesta semana. Rio Grande da Serra não retornou à demanda do Diário.

A situação ocorre porque o governo do Estado reclama lote de 1 milhão de doses da Astrazenca que não teria sido entregue no dia 4 de setembro pelo Ministério da Saúde. A pasta federal, no entanto, argumenta que os envios de imunizantes seguem calendário e que não há atrasos. Além disso, o ministério acusa o governo estadual de não cumprir o PNI (Programa Nacional de Imunização) e utilizar lotes das segundas doses como primeiro imunizante.

Em Santo André, a Prefeitura disse que aguarda novo lote da Astrazeneca, mas que não tem data prevista para chegar. Para que não haja atraso na imunização, a partir de hoje moradores entre 43 e 59 anos que estão no prazo para receber a segunda dose serão imunizados com a Pfizer. Situação semelhante a de São Bernardo, que anunciou a intercambialidade de vacinas pelas redes sociais, no sábado.

Em Diadema, a Prefeitura aplica a segunda dose da Pfizer desde ontem, assim como Ribeirão Pires. De acordo com a administração diademense, “a medida é emergencial e foi tomada para garantir que nenhum munícipe de Diadema fique sem completar o esquema vacinal, enquanto houver indisponibilidade da Astrazeneca para aplicação da segunda dose”. A expectativa na cidade é que, nos próximos dias, o Ministério da Saúde envie mais doses ao Estado de São Paulo, regularizando a situação dos estoques nos municípios paulistas.

MISTURA É SEGURA

Estudos publicados em revistas científicas mostram que a intercambialidade de vacinas é seguro. Uma dessas pesquisas, realizada no Reino Unido, comparou os resultados da mistura entre imunizantes da Astrazeneca e da Pfizer com quatro semanas entre a primeira e a segunda imunização. Publicado na revista Lancet em 9 de janeiro, o estudo contou com a participação de 830 adultos com mais de 50 anos. Os cientistas observaram que esquemas que

PROBLEMA GERAL

Além da cidade de São Paulo, no Grande ABC e em várias regiões do Estado, o estoque da Astrazeneca acabou em municípios do Rio de Janeiro, Pernambuco e Maranhão. No Ceará e no Espírito Santo, as doses estão no fim. Já o Rio Grande do Sul diz ter vacinas para cobrir 39% da demanda até o dia 23.

Depois de interromper a entrega de doses da Astrazeneca por falta de insumos, a Fiocruz avisou ontem que está voltando a distribuir o imunizante ao Ministério da Saúde. O primeiro lote está passando pelo controle de qualidade e deve ser entregue hoje – a quantidade não foi revelada.  




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