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Israel mantém pressão sobre Gaza para impedir disparos
Por Da AFP
23/11/2006 | 11:17
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O Exército israelense mantinha nesta quinta-feira a pressão sobre a Faixa de Gaza para tentar reduzir os disparos de foguetes contra o sul de Israel, afirmando sua "determinação" de atacar o Hamas, mas tendo como alvo também o Fatah do presidente Mahmud Abbas.

Dois batalhões de infantaria e de blindados do Exército israelense, mil homens, foram enviados ao norte da Faixa de Gaza, perto de Beit Hanun, Beit Lahya e na zona onde ficavam as antigas colônias israelenses.

De acordo com a rádio militar, esta incursão de mais de três quilômetros de profundidade tem por objetivo afastar destes setores os grupos de palestinos que disparam foguetes contra o sul de Israel.

Durante a operação, um obus de tanque israelense matou um palestino. Um soldado israelense ficou levemente ferido pelo disparo de um foguete antitanque.

A aviação israelense também atacou um edifício na cidade de Gaza, no qual, segundo a versão militar, estavam reunidos membros do Fatah para "dedicar-se a atividades terroristas".

"O Exército continuará agindo com determinação contra as organizações terroristas e suas infra-estruturas, independente da afiliação política, para acabar com ataques terroristas e os disparos de foguetes contra Israel", afirmou um porta-voz militar.

Quatro foguetes palestinos disparados a partir da Faixa de Gaza explodiram no sul de Israel sem provocar vítimas ou danos materiais.

Uma fonte do gabinete do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, confirmou que "o Exército se desloca à medida que os terroristas mudam de setor para lançar seus foguetes".

Na quarta-feira, o gabinete de segurança de Israel aprovou novas ações militares e assassinatos seletivos para tentar acabar com os disparos de foguetes, mas descartou no momento uma grande operação na Faixa de Gaza.

A decisão foi tomada depois que, pela segunda vez em uma semana, um foguete palestino provocou a morte de um israelense perto Sderot, cidade de 24 mil habitantes no sul de Israel e próxima a Gaza.

As instruções são para matar os palestinos diretamente envolvidos nos disparos de foguetes, quando o Exército dispuser de informações precisas sobre sua localização.

Esta categoria compreende os chefes dos braços militares do Hamas ou do Fatah e a decisão de assassiná-los deve ter a aprovação do procurador geral Menahem Mazuz.

Segundo o jornal Haaretz,no que diz respeito aos líderes políticos, em particular o primeiro-ministro palestino Ismail Haniyeh, membro do Hamas, o gabinete decidiu que no momento não constituem objetivos.




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