Artigo

Nanny State x Laissez Faire

Há conflito histórico na economia entre o intervencionismo e o liberalismo. E nos dias atuais esse conflito está mais forte em muitas das discussões no mundo. Do gás na Bolívia até o preço de hotéis no Brasil.

Na América Latina temos visto forte viés intervencionista, com casos radicais de nacionalização, como da Petrobras na Bolívia, a YPF na Argentina e dezenas de empresas na Venezuela de Hugo Chávez.

O Brasil tem sido um caso à parte de intervencionismo ‘brando', onde o governo deixa a cargo da iniciativa privada muitos assuntos. Mas, nos últimos meses, tem-se visto um intervencionismo mais direto na economia. Vejamos alguns casos.

O governo Dilma Rousseff, num gesto ousado, começou uma constante redução da taxa básica de juros, a Selic, num momento em que a economia brasileira não dava sinais de desaquecimento. Tal medida tem surtido efeito na manutenção do crescimento e, mesmo que pequeno, sido positivo num cenário econômico mundial de forte crise.

Outro exemplo de intromissão do governo Dilma foi no âmbito hoteleiro durante a Convenção Rio+20, quando os preços de mercado foram considerados abusivos pelo governo, que se reuniu com integrantes do setor e acertou reduções entre 20% até 50% das tarifas a serem cobradas das delegações internacionais participantes.

Também como exemplo, a Petrobras foi utilizada pelo governo federal durante os últimos anos como um ‘freio' à inflação, mesmo num cenário em que o petróleo ultrapassou a casa dos US$ 100. Os preços da gasolina praticamente ficaram estáveis, sofrendo poucos reajustes no mercado interno. Tal medida, apesar de segurar a inflação, surtiu efeito direto no balanço da Petrobras, que teve prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre. Não se pode dizer qual é a melhor abordagem, se o Laissez Faire (deixe fazer, deixe passar) ou o Nanny State (Estado Babá). O ideal é a ponderação de cada um sem ser excessivo na intervenção ou ‘frouxo' quanto ao capitalismo selvagem.

Casos como o da Convenção Rio+20 não podem ser considerados aceitáveis para um País que receberá Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016). Já situações como a da taxa de juros são bons exemplos de como o Estado pode agir para melhorar a vida da população.

Roberto Saraiva Romera é economista e especialista em Administração.

Palavra do Leitor

Desinformados

Segundo um instituto francês, a imprensa brasileira bate recorde de desinformação, e a parcialidade supera 97% dos artigos relacionados ao ambientalismo. De fato, eu nunca vi na mídia nacional falar sobre o ‘climagate', que o aquecimento global é farsa, já provado pelos cientistas sérios, e não o dito pela ONU. O povo tem de saber que o novo Código Penal, que está para ser votado, continuará arcaico! Enfim, quem poderia mudar as leis não trabalha para o povo. Trabalha para si mesmo e seus familiares, que nunca terão de pegar ônibus, pois têm seus carros blindados. Li que a imprensa é parcial. Aí, discordo, pois quantas vezes escrevi nesta Palavra do Leitor e nunca me barraram por ser contra isso ou aquilo. Sempre pude me expressar, reclamar. Temos muitos meios de nos informar, principalmente pela internet. Então, se somos povo desinformado, a culpa é de nós mesmos, o conhecimento está aí para todos. Temos que sair deste marasmo intelectual.

Maria Helena dos Santos, Santo André

Implacável!

A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; o que você sente, você atrai; o que você acredita, torna-se realidade. Em resumo, podemos ser vítimas de nossa mente, ou ser beneficiário. Só depende do que pensamos. Exemplo, se você acreditar que os políticos podem melhorar sua vida, você será vítima; se você acredita que só o trabalho e o estudo podem, você será beneficiário.

Antônio Carlos Guertas, São Bernardo

Neymar

Numa dessas revistas de futebol, vê-se na capa Neymar semivestido como Cristo e crucificado. Pode-se chocar e flagrar a falta de sensibilidade e respeito dos responsáveis, bem como do próprio Neymar e dos que cuidam de sua carreira. Inclusive seu pai! Não quero posar de hipócrita ou dono da verdade, porém, como é de conhecimento de todos, o Brasil é hoje o País de maior contingente de católicos, espíritas e evangélicos do mundo. E postar-se como Cristo em seu último momento, mesmo que lúdico, foi, no mínimo, o máximo da ausência de sensibilidade e respeito com aqueles que creem. Neymar, procure enxergar que entre o sucesso e o declínio existe uma linha tênue, e também o significado prático dos adjetivos respeito e limite!

Cecél Garcia, Santo André

Nota Fiscal Paulista

Desisto do programa da NFP. Porque no último semestre enviei R$ 5.000 em notas fiscais para ter rendimento de míseros R$ 7,72. Isto é uma vergonha! A NFP tirou do sistema os principais contribuintes, como Carrefour, Pão de Açúcar, Extrafarma, Lojas Americanas, C&C Materiais de Construção etc. Também rebaixou os valores distribuídos. Tenho nota fiscal de R$ 117 em que foram creditados R$ 0,03. Sim, míseros R$ 0,03! Por tudo isso, para não me aborrecer mais, a partir de agora não pedirei mais Nota Fiscal Paulista! Fica aqui meu protesto.

Rubens Guitzel, Santo André

Jardim Brasilândia

A Prefeitura de São Bernardo simplesmente ignorou os moradores do Jardim Brasilândia, transformando um espaço na esquina das ruas Suécia e Batuíra em depósito de lixo. A princípio eram cadeiras, armários, mesas, mas durante a eleição, o local foi utilizado como depósito de placas dos candidatos. Além da vista não ser nada agradável, passamos a sofrer com invasão de pernilongos, que acredito ser esse depósito a principal causa. Só nos resta torcer para que o problema seja resolvido o mais rápido possível, pois as noites acompanhadas dos pernilongos passaram a ser intermináveis. Está localizado ao lado do Camp (Centro de Formação e Integração Social), ao lado de um ecoponto (de reciclagem), e ao fundo a Santa Casa de Misericórdia. Realmente não podemos considerar que seja lugar adequado nem para depósito de lixo nem para ecoponto, pois, se já sofremos com infestação de algumas pragas, a Santa Casa também deve passar pelo mesmo problema.

Marcelo Oliveira da Rocha, São Bernardo

Desilusão

Ao ver os panfletos neste segundo turno da eleição, podemos imaginar como serão os próximos dias até a realização do pleito. Quero dizer ao senhor prefeito de Santo André que quem votou nele na última eleição não repetirá o erro, pois esperávamos Saúde melhor com o Poupatempo da Saúde. Onde estão os quase 350% de médicos contratados? Talvez estejam trabalhando nas UPAs construídas! Aquelas que só nosso grande prefeito sabe onde estão, pois não as vemos na cidade. Senhor Aidan, o povo andreense não cai mais nas mentiras que saem da sua boca.

Manoel Almeida, Santo André