Economia Titulo Pesquisa
Atividade econômica
da região cai 3,5%

Recuo PIB em 2009 é impulsionado pelo resultado negative
do setor industrial por conta da crise financeira internacional

Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
15/12/2011 | 07:12
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A crise financeira internacional, que teve início em setembro de 2008 e parou o crescimento do Produto Interno Bruto nacional no ano seguinte, impactou com mais força no Grande ABC do que em outras cidades brasileiras. O PIB da região foi de R$ 71,16 bilhões em 2009, a preços daquele ano. Ao considerar a correção monetária até setembro deste ano, a atividade econômica das sete cidades caiu 3,5% sobre 2008.

O cálculo é do professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio, com base nos dados do PIB dos municípios, publicados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A correção monetária leva em consideração o indicador oficial de inflação, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

“Não vejo nada de novo no resultado. Era mais do que o esperado, levando em consideração que a indústria foi abalada naquele ano e o setor é muito forte na região”, disse Maskio.

Depois da quebra do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers, no dia 15 de setembro de 2008, teve início a crise financeira internacional. E o Brasil não passou totalmente ileso à turbulência econômica, tendo em vista que o impacto foi sentido no ano seguinte. Em 2009, o PIB da indústria nacional caiu 5,6%. E na região, São Caetano e São Bernardo também apresentaram resultados negativo no setor com, respectivamente, decréscimos de 24,1% e 4,3%, estimulando o recuou do PIB total da região.

O coordenador do curso de Economia da Fundação Santo André, Ricardo Balistiero, lembrou que em São Caetano a General Motors, principal empresa do setor na cidade, pode ter influenciado no resultado da indústria, puxando toda a sua cadeia de fornecedores e até comércio local. Isso porque a matriz da montadora, nos Estados Unidos, sofreu grande impacto com a crise e foi parcialmente estatizada. “Mesmo eles passando a informação de que a unidade de São Caetano não seria influenciada, pode ter tido impacto.”

POSIÇÕES - Apesar dos resultados negativos, se o Grande ABC fosse uma cidade, manteria a quarta posição em PIB ante os demais municípios brasileiros. Com R$ 71 bilhões, ficaria atrás da Capital, que acumulou R$ 389,3 bilhões, do Rio de Janeiro, que somou R$ 175,7 bilhões, e de Brasília, que garantiu R$ 131,4 bilhões. A quinta posição seria de Curitiba, cuja produção de riquezas foi de R$ 45,7 bilhões.

 




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