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Clubes devem R$ 251 milhões ao INSS
Por Angelo Verotti
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
19/12/2001 | 00:24
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Como se não bastasse o baixo nível técnico da maioria dos clubes brasileiros, muitos deles ainda têm dificuldade em sanar suas dívidas com a Previdência Social, segundo levantamento feito pelo INSS. O montante envolvido nas dívidas chega a R$ 251 milhões. E entre os caloteiros estão as federações estaduais e a própria CBF, que deveria dar o exemplo aos clubes que comanda. Juntos, os dois devem cerca de R$ 32,3 milhões aos cofres públicos. Dos clubes, o Flamengo, que hoje disputa a decisão da Copa Mercosul, e o Fluminense são os maiores devedores.

O INSS não divulga números sobre o calote dos clubes (a maioria está em renegociação), mas só o Flamengo dever cerca de 10% de toda a dívida dos mesmos, cerca de R$ 28,6 milhões. Muitos clubes renegociam suas dívidas através do programa Refis – casos do próprio rubro-negro e do Fluminense –, mas outros ainda não conseguiram acordo, como o Botafogo-RJ, o Palmeiras (quarto colocado na lista de maiores devedores) e o São Paulo (décimo).

As situações mais complicadas são de clubes como o Botafogo-SP e o Ceará. Os dois não conseguiram cumprir o refinanciamento e correm o risco de perder seus patrimônios. O clube do interior paulista vive uma fase difícil, já que foi rebaixado para a Série B do Brasileiro neste ano e ainda acabou excluído do torneio Rio/São Paulo.

Nem mesmo o Atlético-PR, adversário do São Caetano na decisão do Campeonato Brasileiro, escapou da lista de devedores. O Furacão deve cerca de R$ 2 milhões. Por incrível que pareça, o Vasco não está na relação. Mas por uma simples razão: a dificuldade de se investigar a caixa preta do clube, já que o seu presidente, o deputado federal Eurico Miranda, chegou a barrar a entrada dos parlamentares no estádio de São Januário.




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