As declarações do polêmico ex-presidente foram dadas ao jornal espanhol “La Razón”. Menem afirmou que quando deixou o governo o país estava “modernizado, com telefones, créditos e credibilidade”, creditando os problemas atuais ao fim da paridade entre o dólar e o peso- exatamente o fator apontado pelos economistas como as causas da crise argentina.

Menem afirmou que quando votar ao poder vai dolarizar sua economia e “aprofundará a reforma do Estado e de suas instituições”. Ele criticou o atual presidente, Eduardo Duhalde, que não tem “condições de liderança”. O ex-presidente também alfinetou a relação de Duhalde com o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Enquanto o Ministério da Economia tenta negociar com o FMI, o presidente da nação se dedica a criticar”, ironizou.

O político falou que seu país precisa de US$ 50 bilhões para voltar ao eixo, além de “chegar a um acordo estratégico com os EUA e o resto dos países do primeiro mundo”. Sobre as acusações de corrupção, Menem afirmou que devem ser investigadas e depois julgadas. Ele afirmou que sofre perseguições porque a Justiça do país é muito “politizada”.