As providências são pedidas em ofício enviado no dia seguinte ao assalto à Diretoria de Ensino de São Bernardo, que representa a secretaria estadual no município. O documento foi assinado pelo professor e coordenador-geral da Apeoesp da subsede de São Bernardo – e também vereador na cidade –, Aldo dos Santos (PT). O coordenador-geral do sindicato disse à Secretaria Estadual que os assaltantes podem ter gravado os rostos dos professores que estavam na escola no dia do incidente.
O assalto na EE Professora Palmira Grassiotto Ferreira da Silva aconteceu próximo as 16h, quando 30 professores corrigiam provas de encerramento do ano letivo numa sala. Com o objetivo de roubar R$ 4 mil (que seriam destinados a uma excursão a um parque de diversões), dois homens encapuzados invadiram a escola e surpreenderam os professores.
Uma parte foi feita refém por um dos ladrões. Os outros foram pressionados pelo outro homem. Uma hora depois, a dupla se convenceu de que não havia dinheiro na escola e fugiu sem roubar nada.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Educação, que confirmou o recebimento do ofício, o episódio na EE Palmira Grassioto Ferreira da Silva “é um caso pontual”. A Secretaria afirma que a escola não tem registros de violência, mas reconhece que está situada num local violento.
A assessoria da secretaria estadual, que também responde pela Diretoria de Ensino de São Bernardo, afirmou também que o trabalho de ronda policial escolar ocorre de forma homogênea nas 72 escolas estaduais do município. Aldo discordou da afirmação.
“Se a ronda escolar fosse eficiente, a viatura não teria chegado só depois que os bandidos foram embora”, disse o vereador.
Professor – Conforme publicado no Diário na última sexta, a Secretaria Estadual da Educação alega ser este o primeiro episódio de violência na EE Professora Palmira Grassioto Ferreira da Silva, e volta a dizer que a agressão sofrida pelo professor José Vieira Carneiro, 44 anos, em novembro de 2001, não pode ser considerada como tal. O professor acabou morrendo dias depois de sofrer a agressão.
O processo administrativo (sindicância aberto pela Diretoria de Ensino para apurar problemas internos) já foi concluído e avaliou ter sido o episódio acidental. Para o processo, o adolescente – acusado de agredir o professor com um molho de chaves – não seria culpado. No entanto, o processo continua em andamento na Promotoria da Justiça da Infância e da Juventude de São Bernardo.
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