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Ex-superintendente da Sama volta à autarquia como assessor

Embora fora da mira da PF, Moreira dirigia setor na época em que houve licitação suspeita com Garloc

Raphael Rocha
Do dgabc.com.br
19/01/2019 | 07:00
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O superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Toninho Bertucci, promoveu o retorno do advogado Mauro Sérgio Moreira à autarquia. Moreira dirigia a Sama quando a PF (Polícia Federal) realizou busca e apreensão no âmbito das operações Prato Feito e Trato Feito e também quando houve licitação vencida pela Garloc Transportes, Logística e Locações, acordo com suspeita de direcionamento pela PF.

Contratado como assessor da superintendência, Moreira ficou à frente da Sama na primeira passagem da prefeita em exercício de Mauá, Alaíde Damo (MDB), no Paço. Ele foi exonerado em setembro, quando o prefeito afastado Atila Jacomussi (PSB) retornou ao comando do Executivo – o socialista ficou preso por um mês e afastado outros três. Com a nova prisão de Atila, em 13 de dezembro, Moreira também retornou ao governo, mas desta vez para trabalhar ao lado de Bertucci.

A licitação sob suspeita da PF aconteceu em julho. Um empresário que participava do processo denunciou que foi ameaçado a desistir da concorrência porque o certame estaria digirido a favor da Garloc – a Justiça Federal suspendeu o contrato no dia 13 de dezembro, quando a Trato Feito foi às ruas.

Embora tenha assinado o contrato na condição de superintendente, Moreira não está na lista de investigados da polícia nem foi interrogado. Mas seu retorno à Sama foi encarado com desconfiança no meio político da cidade.

Ao Diário, Moreira assegurou que sua admissão tem caráter estritamente técnico. “Não sou cargo político. Não era da primeira vez (quando dirigiu a Sama) e não foi agora”, comentou. “Fui convidado pelo atual superintendente para realizar um trabalho técnico.”

Sobre a homologação do contrato com a Garloc, Moreira disse que herdou o processo licitatório em andamento – ele alega que o certame foi aberto por seu antecessor, Israel Aleixo, o Bell (PSB) – e que, administrativamente, não havia erro. “Se houve isso (irregularidades, conforme diz a PF), foi procedimento externo. Internamente, houve lisura no procedimento.” 




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