Lewis Hamilton parece ter encontrado um atalho em Interlagos. Ontem à tarde, o britânico da Mercedes não deu chances aos rivais e cravou a pole position para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Foi a 82ª da carreira do piloto, que já chegou a São Paulo coroado com o quinto título mundial. Além disso, ele quebrou o recorde de melhor volta ao marcar 1min07s281 e buscará, pela segunda vez, subir ao lugar mais alto do pódio na etapa brasileira. A largada está prevista para as 15h10 de hoje.

As primeiras atividades de pista ontem já deram mostras de que seria um classificatório com voltas rápidas. Tanto que na terceira sessão de treinos livres Sebastian Vettel foi o primeiro a baixar para 1min07 e superar o recorde que Valtteri Bottas alcançou em 2017, quando fez a pole em 1min08s322. Entretanto, logo na primeira parte da qualificação os pilotos provaram que era possível melhorar ainda mais o tempo.

Max Verstappen foi o primeiro a conseguir bater a marca. Sob risco de chover estimado em 60%, os pilotos aproveitavam as aberturas das janelas (Q1, Q2 e Q3) para já garantir seus tempos. Mas foi na última tentativa da terceira etapa, quando os dez melhores disputavam a pole, que Hamilton – que já liderava a atividade – cravou 1min07s281.

“Foi uma classificação muito difícil, a Ferrari estava muito forte”, admitiu o britânico. “Estou muito feliz em estar no Brasil. Tenho o desenho de Senna na parte de trás do capacete. Aprecio muito o amor que os brasileiros têm por mim. Vamos ver o que vai acontecer amanhã (hoje)”, complementou.

Quem largará em segundo será Sebastian Vettel. O alemão da Ferrari foi superado por apenas 0s093. Logo atrás aparecem respectivamente Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen, confirmando o predomínio entre Mercedes e Ferrari – ambas ainda lutam pelo título do Mundial de Construtores, que pode ser definido hoje caso o time alemão faça 31 pontos a mais do que a equipe italiana.

“Mamma mia! Eu tentei”, disse Vettel, ainda no carro, à equipe logo após sua última tentativa. “Tive um bom começo no Q3, e pensei em dar meu máximo, mas perdi algum tempo e não melhorei. Mas foi uma sessão divertida”, declarou o alemão, que escapou de perder posições por ter quebrado a balança de pesagem durante o Q2.

Por conta de uma punição a Daniel Ricciardo, da Red Bull (trocou o turbocompressor após o GP do México e perderá cinco posições), Marcus Ericsson parte da sexta colocação com a Sauber, com o companheiro Charles Leclerc logo atrás. A se lamentar a classificação de Fernando Alonso, da McLaren, em sua penúltima corrida na F-1, somente no 18º posto.