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Caso Litvinenko: polônio 210 teria sido fabricado na Rússia
Da AFP
02/12/2006 | 08:51
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O polônio 210 utilizado para envenenar o ex-agente secreto russo Alexandre Litvinenko, morto em 23 de novembro, provavelmente foi fabricado em um reator nuclear na Rússia, assegurou neste sábado o jornal britânico The Daily Telegraph.

"Os cientistas de Aldermaston foram capazes de determinar que o polônio 210 foi fabricado pela mão do homem, e teriam estabelecido que sua origem é, provavelmente, um reator russo", acrescentou o jornal.

Aldermaston, situada em Berkshire (noroeste de Londres), sedia o centro "Atomic Weapons Establishment", única fábrica que produz armas nucleares na Grã-Bretanha.

Interrogado pela AFP, o Ministério britânico da Defesa se negou a fazer comentários sobre as informações.

Também neste sábado, o jornal russo Kommersant noticiou que Litvinenko poderia ter sido contaminado pelo material radioativo duas semanas antes de 1º de novembro, data estabelecida até agora.

O jornal citou um colaborador do ex-espião russo, o executivo Andrei Lugovoi, que teme ter sido contaminado por Litvinenko duas semanas antes, durante encontro em um hotel de Londres.

Litvinenko se sentiu mal pela primeira vez naquele dia e acabou morrendo em um hospital londrino três semanas depois por suposto envenenamento.

À espera de explicações de porque um avião da British Airways em que viajou em 25 de outubro também é motivo de suspeita, Lugovoi explicou ao jornal que poderia ter sido contaminado durante seu encontro com Litvinenko em 17 de outubro.

"Alexander Litvinenko, meu sócio Dmitry Kovtun e eu nos vimos em Londres em 17 de outubro em uma reunião no escritório da Erinys (companhia privada de segurança). Nesta visita, podem ter sido deixados rastros de radiação", supôs Lugovoi.

Esta cadeia de acontecimentos explicaria a suspeita da polícia sobre o avião, que Lugovoi admite ter tomado em 25 de outubro.




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