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Mutirões começam a zerar filas em Santo André

No CHM, consultas com vascular já não deixam pacientes esperando por meses ou até anos

Por Tauana Marin
29/10/2017 | 07:00
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 Os pacientes com agendamentos para médico vascular não enfrentarão mais filas de meses e até de anos em Santo André. Pelo menos, é o que foi visto ontem, durante mutirão realizado no CHM (Centro Hospitalar Municipal), pelo programa Saúde Fila Zero. Pessoas que marcaram consulta há 15 dias já foram chamadas. Ao todo, foram 500 atendidos na especialidade vascular, mais 40 pacientes no ambulatório de pequenas cirurgias – até às 10h30 tinham passado 315, de acordo com o gerente administrativo do CHM, Sidnei Nobre Bernardes.

“Em menos de duas semanas agendei com o vascular e me ligaram em seguida falando que poderia vir hoje (ontem). Foi mais rápido do que quando tinha plano de saúde. Já sai até com medicamento na mão para começar o meu tratamento”, conta a caixa Josiane de Oliveira Rigo, 28 anos.

Em paralelo, no Centro de Especialidades 2 do município 45 pacientes se consultaram com gastroenterologistas e outros 45 com neurologistas, além de 260 com dermatologistas. No ambulatório Fundação, tanto crianças quanto adultos passaram por oftalmologistas. No fim desta semana, no Hospital da Mulher, 40 pacientes se submeteram a triagem para fazer laqueadura e sete já realizaram o procedimento.

“As filas estão reduzindo e vemos que o programa está funcionando. Era muito desorganizada a forma como esses agendamentos eram feitos. Ao assumir a gestão haviam 128 mil pessoas nas filas, já reduzimos em cerca de 80 mil. Isso dá sensação de dever cumprido, mesmo sabendo dos desafios que estão por vir”, conta o prefeito Paulo Serra (PSDB). Ou seja, restam 48 mil pessoas aguardando por atendimento. A secretária da Saúde do município, Ana Paula Piña Dias, ressaltou que todas as especialidades fazem parte do programa. Durante o evento, ela confirmou que ficará afastada do cargo por motivos particulares até dia 17 (leia mais na página 4 do caderno Política).

NOVA GESTÃO
Desde agosto na direção do CHM de Santo André, Ricardo Macarini, atual secretário adjunto de Saúde (e que ficará no lugar da secretária nos próximos dias), já conseguiu reaver algumas falhas. “Hoje temos locais específicos para acomodar as macas, já que os 250 leitos não dão conta de absorver nossa demanda. Por dia, para se ter ideia, o pronto-socorro recebe 600 pessoas, em média. Todos são casos de gravidade, sendo a maioria cirúrgico”, conta. Os pacientes com queixas clínicas são encaminhados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) mais próxima.

Segundo Ana Paula, a falta de leitos é questão crônica do SUS (Sistema Único de Saúde) e da rede privada também. “O importante é que conseguimos fazer rotatividade maior dos leitos, o que tem dado resultado. Sabemos que todo paciente precisa ter dignidade e estamos trabalhando para isso.”




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