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Vistoria não tira final do Anacleto Campanella
Por Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
19/12/2001 | 00:23
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O elenco do São Caetano quer e será atendido. A final do Campeonato Brasileiro do último domingo será no estádio Anacleto Campanella. A garantia é do supervisor do clube, Carlos Eiki Baptista, que na reapresentação do time, terça à tarde, disse que a Prefeitura, responsável pelo estádio, está tomando todas as providências necessárias para que o torcedor possa acompanhar de perto o jogo entre São Caetano e Atlético-PR e, o mais importante, com segurança. Quarta, às 13h, o diretor do departamento técnico da CBF, José Dias, manda seu representante, Virgílio Eliseo da Costa Neto, ao Campanella para fazer nova vistoria no estádio.

"O que deve acontecer é alguma mudança, mas tudo muito simples, como por exemplo para que torcedores não se acomodem nas escadas da arquibancada. São medidas de segurança que temos como fazer funcionar perfeitamente no domingo", disse o supervisor.

Os jogadores, que viajaram para Atibaia, preferem assim. Ninguém no elenco quer perder a chance de transformar o Campanella em um alçapão para que o Atlético sinta na pele o que sentiu o Azulão diante da torcida da Arena da Baixada, no último domingo. "Eles vão ter oportunidade de sentir aqui o que passamos lá, com a torcida apoiando o time o tempo inteiro", disse o lateral-esquerdo Marcos Paulo.

O atacante Almir, um dos mais experientes do grupo, entende que o momento é de buscar o único resultado que interessa ao São Caetano. O lugar, para ele, será um detalhe, embora também tenha preferência pelo Campanella. "Onde for determinado para jogar vamos ter de cumprir e fazer uma grande partida da mesma forma", afirmou. O zagueiro Daniel pensa como ele. "Nossa preferência é pelo nosso estádio, mas se eles acharem que não é possível, vamos em busca do título em qualquer lugar", disse.

Dificuldades - O primeiro problema do São Caetano para definir o local da segunda partida da final foi com a capacidade do estádio. Enquanto a diretoria garantia que o Campanella podia receber mais de 30 mil torcedores – número mínimo exigido pela CBF, um laudo da Federação Paulista acusava 25.500. A diferença estava na centimetragem utilizada pelas duas entidades, que eram diferentes.

Depois, a confusão começou quando o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar apontaram falta de segurança no estádio do São Caetano. O major Marcos Cabral Marinho, do 2º Batalhão de Choque da PM-SP, afirmou na semana passada que se algumas providências não forem tomadas, o veto à partida seria inevitável. O melhor, segundo ele, é transferir a decisão de local. De acordo com o levantamento policial, o estádio apresenta problemas estruturais. O comandante do 8º Grupamento do Corpo de Bombeiros, Edson Gonçalvez, por sua vez, ressaltou que o Anacleto Campanella não conta com o Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).




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