Deise, que já trabalhou para a ex-primeira-dama Lila Covas, registrou queixa no 6º Distrito Policial (Cambuci) alegando que dois homens armados obrigaram-na a retirar dinheiro da conta corrente, no posto bancário do Palácio dos Bandeirantes (Morumbi). Mas a versão inicial da aposentada intrigou os policiais.
Funcionários do Palácio e do banco, que conhecem Deise, contaram que em nenhum momento ela parecia estar sendo coagida. Ela passou vários minutos sozinha com o gerente da agência, mas não mencionou que era vítima de um seqüestro-relâmpago. A aposentada revelou ainda que era acompanhada apenas por um homem – na queixa ao 6º DP, ela relatou que dois supostos assaltantes a acompanhavam. Outro fato contraditório: Deise ligou ao gerente antes de ir à agência para pedir a retirada de R$ 10 mil da conta corrente.
No depoimento informal, Deise explicou que foi vítima de um suposto 'analista de finanças', que prometia aplicar os R$ 10 mil sacados para "obter rendimentos maiores que os praticados no mercado". Depois de pegar o dinheiro da aposentada, o golpista desapareceu.
Intimada a depor novamente, Deise alegou estar abalada emocionalmente e não voltou ao 6º DP. Ela prometeu se apresentar depois de passar alguns dias fora da cidade, para aliviar o "estresse" que diz estar sendo vítima. A aposentada pode ser indiciada por falsa comunicação de crime. O golpista segue foragido.
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