Política Titulo Santo André
Goulart cita elo com PT, mas pede carinho a Araújo

Deputado federal encaminha parceria com Grana, porém, alfineta postura do petismo

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
11/06/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Integrante do diretório nacional do PSD, o deputado federal Antonio Goulart adiantou que, embora haja ruídos na relação, o partido vai caminhar com o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), em seu projeto de reeleição, mas pediu “carinho” do petismo com o vereador José de Araújo, maior expoente da legenda na cidade.

Líder do governo Grana na Câmara, Araújo viu resistência a seu nome dentro da bancada de vereadores do PT na costura de coligação proporcional na eleição para o Legislativo. Parlamentares do petismo reclamaram que, caso houvesse parceria, Araújo ficaria com uma das vagas tradicionalmente endereçadas a um petista e encaminharam pedido ao diretório municipal do PT vetando a aliança direta. Com a movimentação dos vereadores, Grana ainda quebra a cabeça para acomodar Araújo em coligação que lhe permita a reeleição na Câmara.

“O Araújo é excelente vereador, tem vários mandatos (sete ao todo). Existe simpatia pela candidatura do prefeito Grana. Talvez o PT não entenda que precisará de ajuda neste momento (de crise institucional). Seria importante o partido se conscientizar disso. Embora haja a tendência muito próxima (de apoio a Grana), o Araújo precisa ser tratado com carinho”, afirmou Goulart, em visita à sede do Diário.

Com o impasse nas coligações para auxiliar a reeleição de Araújo, a oposição a Grana já analisa a possibilidade de contar com o vereador. O ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) já falou publicamente que poderia contar com Araújo se o rompimento fosse confirmado. “Sou amigo do Paulinho (Serra, pré-candidato a prefeito pelo PSDB e que até o ano passado esteve no PSD) e também do Aidan. Mas a intenção é caminhar com o Grana. Porém, todos precisam se ajudar”, avisou Goulart, que morou em Santo André até 1985 antes de se mudar para Interlagos, em São Paulo – na Capital foi vereador por cinco mandatos e agora está em sua primeira experiência como deputado federal.

Goulart também comentou sobre a situação em São Bernardo, onde o PSD recentemente viu as saídas de Rafael Demarchi (agora no PRB) e Fábio Landi (no PSB) e o ingresso de Reginaldo Burguês (ex-DEM). “Tivemos baixas significantes, de dois valorosos vereadores. Porque houve manifestação do (Gilberto) Kassab (ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações e cacique do PSD) de apoiar o nome apresentado pelo (Luiz) Marinho (prefeito de São Bernardo, do PT, e que indicou Tarcisio Secoli, também do PT, para sucedê-lo). Lá (em São Bernardo) estaremos com o Marinho.”

Sobre a disputa eleitoral na Capital, onde o PSD apresenta o vereador Andrea Matarazzo como pré-candidato a prefeito, Goulart defendeu o projeto eleitoral do ex-tucano, entretanto, sinalizou com a possibilidade de união no primeiro turno com a ex-prefeita e hoje senadora Marta Suplicy (PMDB). “Ele (Matarazzo) pode ser vice dela. Ou ela ser vice dele. Acredito que há espaço para esse diálogo. Mas se não avançar, o Andrea é homem preparado. E, no segundo turno, a conversa pode ser outra.”




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