Embora tenha selado acordo político com o PSDB pela vice em sua chapa, que concorrerá à reeleição, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), ratifica discurso que o posto de número dois está indefinido. Em setembro, a cúpula estadual do tucanato determinou por desistência na corrida eleitoral, em apoio a Lauro, condicionando a cessão da vice no bloco. O secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido (PSDB), sentenciou a tratativa em reunião com o verde.

“Essa discussão (sobre vice) ainda não foi realizada pelo nosso grupo. Tem muitos nomes em potencial que podem ocupar essa vaga. Vamos construir esse debate e definir no melhor momento. Não é preciso ter pressa”, afirmou Lauro. No PSDB de Diadema, a ex-vereadora e ex-prefeiturável Maridite Cristóvão e o presidente da Câmara, José Dourado, admitiram recentemente que esperam por nomeação. Maridite teve o nome destacado pelos dirigentes estaduais, enquanto Zé Dourado é o preferido do diretório local. Os tucanos já confidenciaram que a demora do prefeito em concretizar o trato trouxe incerteza quanto à estratégia política.

“O PSDB já tem o espaço em nosso governo. Claro que se evidenciou mais que os outros, mas não vamos definir um processo de candidatura sem conversar com todos”, despistou o chefe do Executivo.

Na administração diademense, o tucanato é titular em duas Pastas: Saúde (ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos) e de Finanças (com Francisco José Rocha). Além disso, Lauro apoiou diretamente a candidatura de Zé Dourado na eleição pelo cargo de presidente da Câmara, vencida em dezembro do ano passado.

De concreto, a saída de Silvana Guarnieri (PTB) do posto. A atual detentora está prestes a mudar de partido para continuar no apoio a Lauro. O PTB anunciou ruptura justamente por conta do isolamento da vice na gestão.

Lauro tenta, nos bastidores, atrair os vereadores Vaguinho do Conselho (PRB) e Ricardo Yoshio (PRB) e minar projeto de candidatura dos republicanos. O partido rachou em julho com o governo e migrou para a bancada de oposição. Vaguinho deixou o PSB e se postou como pré-candidato a prefeito. Yoshio pode ser seu vice.

A estratégia do verde é eliminar terceira via na corrida pelo Paço. Ele busca apenas confronto com o PT (ainda sem candidato definido) acreditando que outra candidatura roubaria seus votos.