Economia Titulo Pagamento dos atrasos
Grande ABC tem mais da metade dos MEIs inadimplentes

Dos 69 mil microempreendedores individuais da região, cerca de 39 mil não pagaram as contribuições em setembro

Por Marina Teodoro
Do Diário do Grande ABC
05/12/2015 | 07:02
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De acordo com o último levantamento do Sebrae-SP, entre os MEIs (microempreendedores individuais) do Grande ABC, mais da metade está inadimplente com o pagamento de seus impostos e contribuições.

O estudo, realizado em setembro, aponta que 38.781 desses contribuintes, do total de 69.133, não recolheram o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) – por meio do qual é feito o pagamento unificado da seguridade social e de tributos como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ou ISS (Imposto Sobre Serviços) –, ou seja, 56% dos MEIs estão irregulares. “Em agosto, havia 37 mil MEIs inadimplentes. Esse número subiu para quase 39 mil em setembro”, afirma o gerente regional do Sebrae Grande ABC, Arthur Achôa.

Para a analista de negócios do Sebrae-SP Maiara Cristina Adorni, o motivo pelo qual o percentual aumentou é a falta de informação. “A facilidade de se cadastrar no MEI – que é feita pela internet – muitas vezes faz com que a pessoa não busque uma orientação depois e muitas vezes nem sabe que há uma taxa que deve ser paga”, analisa ela, que também afirma que 61% dos microempreendedores não buscam informação de planejamento ou formalização.

A orientação para quem está inadimplente é que regularize o quanto antes a situação, segundo a entidade. “Entre o quanto antes no portaldoempreendedor.gov.br e emita o boleto, que já vem atualizado e corrigido, com uma nova data de vencimento.”

A taxa do MEI deve ser paga mensalmente, no valor fixo de 5% de um salário mínimo (R$ 39,40), que é destinado ao INSS para que o contribuinte tenha cobertura da Previdência, além da inclusão de R$ 1 de ICMS, para quem trabalha na indústria ou comércio, ou R$ 5 de ISS, para quem faz prestação de serviço.

O não pagamento da taxa poderá implicar em perda de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), além de outras complicações. “Após 12 meses consecutivos sem contribuição da divida ativa, o Estado ou município poderá solicitar o encerramento da empresa”, informa Maiara.

Quem não puder fazer o recolhimento por algum problema financeiro deverá procurar o Sebrae, que irá auxiliar o microempreendedor a fazer um planejamento a fim de conseguir a regularização da situação.

O Sebrae também oferece palestras semanais para que os microempreendedores possam seguir orientações de planejamento, como cuidar do negócio, importância do relatório mensal e da declaração anual. As palestras são gratuitas, e os interessados devem entrar em contato pelo telefone 4433-4270, para solicitar a programação.

Há também aplicativo para smartphones, o Qipu, que lembra o usuário sobre pagamento da contribuição mensal, além de ter espaço para lançar o faturamento do negócio, e poder gerar relatórios administrativos do empreendimento.
 




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