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Mudança de hábitos ajuda a evitar doenças crônicas

Médico alerta para importância das atividades físicas; 40% da população têm alguma patologia

Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
14/12/2014 | 07:01
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André Henriques/DGABC


O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na última semana pesquisa que mostra a realidade da saúde dos brasileiros. Conforme o estudo, 40% da população acima dos 18 anos sofre com alguma doença crônica não transmissível. Colesterol, hipertensão e diabetes são alguns dos problemas comuns. O que acontece, conforme o estudo, é que as pessoas estão vivendo mais, porém, com nível de saúde precário.

Especialistas apontam que o sedentarismo é um dos principais causadores do problema. Muitas vezes, caminhadas e esportes de menor complexidade podem reverter esse quadro. Apesar de a pesquisa não apresentar dados isolados, na região, profissionais da Saúde garantem que a situação não é diferente.

Para o médico cardiologista e nutrólogo, líder nacional do movimento de Saúde Funcional, Integrativa e Personalizada, Fábio César dos Santos, que atua em São Bernardo, a qualidade de vida do brasileiro pode ser descrita por dois fatores: idade avançada e problemas crônicos persistentes. “O aumento da longevidade reflete o sucesso em avanços da medicina ao redor do mundo, mas a qualidade e estilo de vida da população estão deixando uma marca: indivíduos mais idosos, porém doentes.”

O especialista concentra suas expectativas na mudança de hábitos, porém, não deixa de analisar a forma que a medicina atual encara os problemas que chegam ao consultório. “Muitas vezes, vemos médicos preocupados em curar doenças, esquecendo-se da promoção de Saúde. É justamente nesse ponto que devemos atuar em cada indivíduo, antes de seu envelhecimento, para reduzir o número de doenças crônicas que farão parte dessa etapa de sua vida.”

As sete cidades abrigam diversos parques e praças públicas. A maioria tem em comum áreas destinadas para caminhada, exercícios físicos e alongamento. O Grande ABC conta ainda com quase 40 quilômetros de ciclovias. Existem pontos frequentados por turistas e esportistas, como a Estrada Velha de Santos, no Parque Serra do Mar, em São Bernardo, onde é possível visitar monumentos históricos dispostos em nove quilômetros que podem ser feitos a pé. O parque foi reaberto pelo governo do Estado no ano passado.

“O estilo de vida pode modificar o destino do indivíduo. O hábito de uma alimentação mais saudável e de exercícios físicos contínuos é capaz de diminuir o risco de desencadear doenças crônicas e, algumas vezes, até reverter um distúrbio que já tenha se desenvolvido”, reforçou Santos.

Lista de patologias é grande, no entanto, é possível evitá-las

A lista de doenças crônicas que acometem os brasileiros é grande. Algumas não apresentam sintomas claros e aparentes, como a depressão. Porém, desencadeiam outras enfermidades mais cruéis. “É importante saber que adoecemos e morremos mais de doenças cardio e cerebrovasculares (infarto e derrame) e câncer. Nessa lista há ainda quadros de degeneração cerebral senil (como Alzheimer), depressão, quadros de degeneração osteoarticular (artroses), problemas respiratórios (como asma) e, finalmente, diabetes, com todos os seus problemas relacionados”, descreveu o cardiologista Fábio César dos Santos.

O esforço dos setores de Saúde pública em alertar as pessoas surte efeito em grupos com acesso à informação.

A pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) buscou ainda dados nos centros hospitalares, como UBSs (Unidades Básicas de Saúde). No Sudoeste, em que se enquadra o Estado de São Paulo, mais de 45% dos atendimentos nas unidades foi de hipertensos. “Recomendações para a modificação de estilo de vida, incluindo dieta e atividade física, têm sido divulgadas. Estas condutas são destinadas para a população em geral e acredito que têm grande significado, porém, não levam em consideração o indivíduo no que diz respeito aos seus genes e ao ambiente no qual ele vive.”  




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