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Residências correm risco de desabamento

No fim de semana, dois imóveis ao longo do Córrego Oratório foram interditados pela Defesa Civil

Por Renata Rocha
04/04/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Imóveis localizados às margens do Córrego Oratório, no Jardim Ana Maria, em Santo André, apresentam risco de desabamento e estão sendo monitorados pela Defesa Civil desde o fim de semana, quando duas casas foram interditadas após a chuva que castigou a região. Das 28 residências que ficam no local, outras 15 estão sob acompanhamento porque ainda apresentam risco de queda.

Alguns dos imóveis são barracos de madeira, mas outros são de alvenaria. As 15 casas que são acompanhadas pela Defesa Civil beiram o córrego, e as demais ficam separadas por uma estreita viela. Mas, segundo o órgão, o risco inclui a todos.

“Já faz tempo que estamos nessa situação. Todo dia temos medo de algo acontecer. A gente é trabalhador, mas não temos para onde ir. Se não precisasse de ajuda, já teria saído. Eles estão esperando uma tragédia”, reclama o ajudante João Carlos de Moura, 49 anos.

Com o temporal, uma das casas desabou parcialmente, segundo os moradores. “Aqui é um perigo. Quase fui levada junto com meu barraco na última chuva. Sorte que estava sozinha em casa e consegui sair a tempo”, disse a desempregada Lindalva Alves dos Santos, 50, que morava com sua filha e Kelli Gonçalves Santos, 23.

Por não estar em casa no momento do acidente, Kelli diz ter ficado sem receber auxílio da Prefeitura. “O barraco era meu, mas estava na casa da minha mãe”, reclama ela, que tem uma filha e está grávida de sete meses.

Além do perigo, quando chove o córrego enche e alaga as casas. Segundo os moradores, baratas, ratos e até cobras apareceram no local. Para conseguir chegar às residências, é preciso atravessar ponte construída pelos próprios vizinhos com restos de madeira e pedaços de portas. “A nossa maior preocupação é a chuva levar tudo. Se as 28 casas correm risco, não dá para monitorar só 15. E com o resto de nós, o que acontece?”, questiona a dona de casa Sandra Maria de Castro, 40.

A Prefeitura informou que duas famílias estão sendo assistidas pelo DAS (Departamento de Assistência Social) porque ocupavam imóvel em risco 4, definido pela Defesa Civil. Sobre as 15 casas que estão sendo monitoradas, a administração garante que se houver risco iminente, as famílias também serão encaminhadas ao DAS. 




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