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Médico acusado de erro é indiciado por homicídio doloso
Por Alexandre Costa
Do Diário OnLine
22/08/2002 | 10:59
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O médico ginecologista Vanderson Bullamah foi indiciado nesta quinta-feira por homicídio doloso (com intenção ou assumindo o risco de morte). Ele realizou no dia 4 de julho deste ano uma cirurgia de lipoaspiração na estudante de medicina veterinária Helen Burati, 18 anos, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Um dia depois da cirurgia, Helen morreu em decorrência de complicações pós-operatórias. Segundo o laudo do Centro de Medicina Legal, a estudante teve excesso de perda de sangue.

A delegada que cuida do caso, Maria Beatriz Campos Mourão, explicou que o médico assumiu o risco da morte da paciente ao fazer a cirurgia e se responsabilizar pelo pós-operatória. Após a lipoaspiração, Helen recebeu alta médica e voltou para sua residência.

Sentindo muitas dores, a estudante procurou o médico. Seus pais disseram que Bullamah garantiu que os sintomas eram normais e a mandou de volta para casa.

Na tarde do dia 5, a estudante foi levada para o Hospital Benficiência Portuguesa, apresentando falta de ar, sudorese e taquicardia. Com o quadro considerado grave pelo corpo clínico do hospital, a estudante foi encaminhada para a UTI, onde acabou falecendo por volta das 19h30.

Outros casos- Esta não foi a primeira morte que ocorreu após cirurgias do médico Bullamah. Em 1996, a bancária Vera Lúcia Caressato, 49 anos, e a dona-de-casa Maria Inês Guerino, 39 anos, também morreram após serem operadas pelo ginecologista.

Além das mortes, várias pacientes acusam o médico de terem seqüelas, como queimaduras e deformação do corpo após a realização de cirurgias. Em setembro de 1999 o médico ficou preso durante 15 dias, para as apurações do caso envolvendo a bancária Vera Lúcia. Ele foi liberado após conseguir um habeas-corpus.




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