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Seguradora dá golpe em São Bernardo
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
05/01/2008 | 07:01
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A seguradora Século XXI, de São Bernardo, recebeu mas não pagou o seguro do carro de, pelo menos, três clientes da região. Segundo denúncia feita à polícia, o responsável pela empresa recebe os cheques, mas não repassa à seguradora.

O golpe foi descoberto após o roubo de uma Ecosport. “Minha professora de ginástica teve o carro roubado e entrou em contato com a Marítima para saber como proceder e foi avisada que não havia seguro em seu nome. Ela perdeu mais de R$ 50 mil”, conta a amiga e também vítima Maria Vera de Lima Bosch, que trabalhava com o mesma seguradora.

“Quase caí de costas quando soube que era o mesmo corretor. Ele fazia os seguros dos carros da minha família há 23 anos. Nunca desconfiamos. Foi por Deus que nada aconteceu conosco. Se não, estaríamos no prejuízo também”, conta Maria Vera.

Segundo as vítimas, o suposto golpista, Adolfo Alves Pereira, culpou o departamento jurídico da seguradora. Ele alegou que não sabia que as apólices de seguro não haviam sido renovadas.

“É mentira. O Adolfo mandou um rapaz vistoriar meu carro este ano com a desculpa de que eu tinha ganhado um alarme na renovação. Desconfiei e entrei em contato com a Marítima, que confirmou que meu carro estava sem seguro há um ano”, conta a filha de Maria Vera, Juliana Bosch de Lima.

O corretor pagou a primeira parcela do seguro do Celta de Juliana e depois teria embolsado os outros três cheques. “Acredito que a Marítima também falhou, pois a empresa avisou várias vezes o corretor que o seguro não estava pago, mas em hipótese alguma deu um telefonema para a pessoa que tinha feito o seguro. Ela tinha todos os meus dados”, reclama Juliana.

A reportagem tentou entrar em contato com Adolfo Alves Pereira, mas não obteve retorno. A assessoria de imprensa da Marítima informou que o corretor e a Século XXI estão descredenciados, mas não soube dar mais detalhes do caso. A empresa afirmou estar apurando os fatos.

Segundo o titular da delegacia de estelionato de São Paulo, Mauro Soares, o golpe não é comum, mas deve ser denunciado. “O caso se encaixa em crime de estelionato ou apropriação indébita de bens. Ambos rendem reclusão de até cinco anos. As vítimas devem registrar boletim de ocorrência e abrir processo judicial para obter indenização.”




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