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Cresce o investimento em biometria
Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
09/09/2006 | 19:58
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Passar por catracas que identificam o formato das mãos, acionar elevadores com digitais, acessar a agenda do celular por comando de voz. Aos poucos, a identificação biométrica começa a entrar no dia-a-dia das pessoas, para facilitar atividades comuns, evitar fraudes, garantir a segurança e reduzir gastos. Devido ao alto custo da tecnologia, no Brasil a adoção desse tipo de recurso ainda é tímida, mas avança rápido.

No entanto, a biometria é um mercado que movimentará pelo menos US$ 2,175 bilhões neste ano em todo o mundo. Segundo as projeções do Internacional Biometria Group, o número pode chegar a US$ 5,749 bilhões, até 2010.

A biometria pode ser feita por meio da leitura das linhas da impressão digital, formato ou veias das mãos, estrutura óssea do rosto, íris ou pelo modo de caminhar, e detecta pontos que formarão triângulos digitalmente.

Os pontos de intersecção dos triângulos compõem algorítimos. Assim, forma-se uma conta baseada nas particularidades de cada pessoa. O processo evita fraudes, justamente porque não é só a imagem das linhas que são armazenadas – o sistema de algorítimo exclusivo garante 99,99% de segurança na identificação.

O mercado brasileiro de biometria ainda está focado em soluções para segmentos específicos, como clubes, edifícios, apartamentos, registros do Detran etc. O Congresso Nacional, por exemplo, registra a freqüência e autenticidade dos deputados na votação pelas impressões digitais.

De acordo com o diretor executivo da Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial), Thales Cavalcanti, a expectativa é que este tipo de serviço acompanhe o crescimento da automação residencial. “A previsão é que o mercado cresça de 25% a 30% no próximo ano”, adianta.

De olho na expansão do mercado, muitas empresas começaram a desenvolver projetos diferenciados. É o caso da TIVIT, companhia do Grupo Votorantim, que se concentra em aplicar seu sistema de biometria – o ID Bio – em empresas financeiras, administradoras de cartão de crédito, seguradoras e operadoras de saúde, cujos índices de fraude são muito elevados.

“Já temos como clientes a Unimed Paulistana e a Unimed Fortaleza, que utilizam o sistema de identificação de digitais para liberar nos hospitais e consultórios os pedidos dos pacientes. Ela não substitui o uso do cartão, mas complementa a segurança”, afirma a gerente de produto da TIVIT, Laura Lopez.

Segundo a empresa, cartões de fidelidade como TAM, Drogão e Pão de Açúcar, em breve deverão incorporar o sistema, que substituirá inclusive as senhas. “Outro segmento que pretendemos atingir é o financeiro. Nenhum banco ainda adotou o sistema, mas eles estão em processo de pesquisa”, afirma.

Laura Lopez explica que o sistema hoje é caro no Brasil, porém os custos têm diminuído continuamente devido à popularização da tecnologia. “Atualmente temos acesso a hardwares mais baratos, que geram vantagem no custo-benefício”, observa a gerente.




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