Candidatos mais fortes à posição de potências econômicas mundiais, os países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, India e China) têm se posicionado como pequenas fortalezas em meio a crise que toma o mercado mundial.

A sigla, criada em 2001 pelo economista Jim O'Neil, do banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs, intitulou um estudo em que o especialista mapeou o cenário econômico dos países citados até o ano de 2050. De lá para cá, o mundo inteiro tem assistido ao crescimento em participação e importância destes países no cenário mundial.

Semelhanças - Os quatro países têm experiência quando se fala em intervenção estatal na economia, Rússia, Índia e China passaram por seus períodos de socialismo, enquanto Brasil conta com intervenções importantes, como a regulação da taxa de juros e controle do câmbio.

O acelerado desenvolvimento da riqueza destes países constrói um novo posicionamento dos investidores internacionais. O crescimento entre 2000 e 2005 surpreendeu especialistas. Segundo dados levantados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) da China foi da ordem de 9,3%. Índia toma o segundo lugar com 6,2%, seguidos por Rússia e Brasil, com 6,8% e 2,5% respectivamente.

Diferenças - Apesar dos resultados, o Brasil se situa em um patamar inferior em relação aos outros emergentes. O cenário de forte inflação que marcou a década de 80 no país tornou necessária a adoção de uma política de reestruturação, de forma a equilibrar a economia interna simultaneamente ao crescimento externo.

Por sua vez, China e Índia, adotaram uma política de choque, abrindo seus mercados aos investimentos externos, facilitando esse resultado positivo.