No pronunciamento que fez à naçao em rede de rádio e televisao, Alarcón, ex-embaixador cubano nas Naçoes Unidas, chamou a atençao paras os limites das propostas de Clinton. Disse que o presidente propôs medidas que rechaçam as propostas de revisao do embargo que o país pratica há 37 anos contra Cuba. Como exemplo da má-vontade do governo de Washington, citou o caso judicial em tramitaçao nos Estados Unidos e que poderia interromper as comunicaçoes telefônicas entre o país e a ilha.
Em pelo menos um aspecto, Alarcón concordou com o presidente Clinton, o que poderá resultar na autorizaçao de um jogo de beisebol com uma equipe norte-americana profissional. Seria a primeira partida em meio século, uma disputa entre os Orioles de Baltimore e a seleçao cubana. Por enquanto, o líder do Legislativo da ilha ainda nao autorizou o encontro de estrelas. Mas sugeriu que a renda gerada com a partida seja enviada às vítimas do furacao Mitch, na América Central. E nao a instituiçoes de caridade cubanas como propôs Washington.
Autoridades americanas confirmaram que os Orioles realmente querem jogar com Cuba. E que também gostariam de receber a seleçao para uma partida em Camden Yards, em Baltimore, nos Estados Unidos. Mas a resistência e desconfiança cubanas prevalecem. Para Alarcón, o que o governo de Washington quer realmente é ``comprar consciências em Cuba, buscar maneiras de fabricar traidores, elementos que sirvam aos interesses norte-americanos contra seu país de origem'.
A clareza da posiçao assumida por Washington ainda é perturbadora. Bill Clinton afirmou que as medidas atenuariam certos aspectos do embargo, mas deixou claro que estava disposto a ajudar o povo cubano, nao o governo Fidel Castro.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.