Cerca de 70 funcionários da empresa Maxi Rubber - fabricante de produtos automotivos, localizada em Diadema - continuam em greve. Eles decidiram ontem manter a paralisação depois de recusar a proposta da empresa pela segunda vez.

Os trabalhadores irão se reunir em assembléia hoje para decidir se mantêm ou não a greve. Segundo Rubens Oliveira do Nascimento, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Químicos do ABC, os trabalhadores reivindicam um sistema único de representação, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 1.000, convênio médico, plano odontológico e plano de carreira.

Na opinião de Nascimento, a não-aceitação da representação única da empresa existe porque ela tem uma visão ultrapassada. Para ele, falta pouco para fecharem a negociação.

Segundo Iranildo Antônio Arruda, gerente da empresa, a Maxi Rubber fez uma contraproposta recusando apenas a representação única por acreditar que não seja necessária. "Já tem um dirigente sindical na empresa que pode reivindicar tudo. Não há porque colocar mais funcionários nesse cargo", explica. A empresa também oferece PLR de R$ 900.

Arruda também nega que tenha colocado funcionários da administração para operar máquinas para não interromper a produção. "Chamamos apenas dois funcionários que são capacitados para operar apenas uma máquina", explica. Segundo ele, a empresa ainda não calculou o prejuízo da paralisação.