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Moradores pedem melhorias em escadão
Caroline Garcia
Especial para o Diário
19/11/2012 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Mesmo debaixo de chuva, a balconista Fátima Diniz, 31 anos, se arrisca com a filha pequena no colo e o carrinho de feira na outra mão para descer a escadaria na Viela Sebastiana Francisca da Conceição, no Jardim Maria Eneida, em Mauá. O mato alto chega a invadir quase toda a passagem para pedestres, atrapalhando a circulação de quem passa por ali.

"Uso bastante esse escadão para chegar até o comércio e supermercado. A dificuldade maior não é descer, mas sim subir com o carrinho cheio e minha filha no colo. É muito complicado. Se tem algum vizinho passando, me ajuda. Mas se não tiver ninguém, tenho que dar um jeito de ir sozinha. Graças a Deus nunca cai, mas tenho medo", disse Fátima.

De acordo com a vizinhança, o mato raramente é cortado pela Prefeitura. "A poda depende da turma da rua se reunir e cortar, porque o poder público não faz nada por nós. Moro aqui há 13 anos e são sempre os vizinhos que tomam conta dessa passagem do escadão", garantiu a doméstica Maria Aparecida da Silva, 42.

Outro problema apontado pelos moradores do bairro é a falta de iluminação na viela, o que deixa a população insegura para utilizar o acesso depois que escurece. "Os usuários de drogas costumam ficar na escadaria à noite. Eles nunca mexeram com ninguém, mas a gente fica com receio de passar, principalmente se estiver com criança. Fica tudo escuro e só dá para ver as bitucas dos cigarros", disse uma vizinha, que preferiu não se identificar.

O escadão também apresenta problemas de infiltração e rachaduras em toda a extensão, o que pode ocasionar acidentes, principalmente com a chegada do período de chuvas, já que os degraus estão instalados em barranco.

A Prefeitura de Mauá foi questionada quanto à manutenção da escadaria de acesso e a falta de iluminação pública no local, mas não se manifestou.

Descarte irregular de lixo incomoda vizinhos de terreno em Sto.André

Os moradores da Rua Almeida Garret, na Vila Guiomar, em Santo André sofrem, há mais de seis meses, com o lixo espalhado em frente às residências. Na altura do número 60, a situação é crítica e envergonha os proprietários do imóvel quando recebem visitas.

Da primeira vez que entraram em contato com a Prefeitura, em maio, retroescavadeira foi até o local para retirar o lixo e acabou derrubando um pequeno muro que existia ali. "Achei até que abririam uma passagem para a avenida ali de cima, mas não fizeram nada disso e ainda não resolveram o problema do lixo", comenta um dos moradores, que não quis se identificar.

Depois da passagem do aparelho e com novo protocolo aberto, fiscais da Prefeitura foram até área. "Eles disseram que voltariam. Estamos esperando desde julho", garante.

Esse mesmo morador comentou que o local que hoje virou lixão já foi um jardim e que ficou pior depois que a máquina passou por ali. "Quero o jardim de volta. Onde já se viu tanto lixo em frente à casa das pessoas? Isso não está certo", reclama.

Segundo a comunidade, usuários de droga passam a noite na rua fazendo fogueira e acumulando os detritos. Diversos vizinhos foram até a Prefeitura quando viram que não resolveriam o problema pelo telefone. "Já fizemos tudo o que podíamos e até agora, nada foi feito", lamentam.

A Prefeitura foi procurada, mas não se manifestou sobre o descarte irregular. (Drielly Gaspar)

Estacionamento de caminhões atrapalha circulação de veículos

Na Avenida Trinta e Um de Março, no Jardim Borborema em São Bernardo, placas de proibido estacionar não impedem que caminhões e até mesmo ônibus parem em área residencial, atrapalhando vizinhos. A maioria dos infratores estaciona os veículos no local para aguardar horário da entrega ou retirada em depósito da empresa Leroy Merlin, localizada na mesma avenida.

Moradores dizem que o problema é antigo e que, mesmo com as faixas de 45 graus pintadas pela Prefeitura no viário, os veículos continuam parando e atrapalhando a passagem de carros. "No fim da tarde é pior. Eles param em frente ao prédio onde moro e ficam. Chegam a passar a noite ali", reclama a corretora de seguros Flaviane Sheila Ferreira, 33 anos.

Outro morador de um dos condomínios da região, que prefere não se identificar, diz que durante a noite, como a rua fica muito escura e os caminhões tapam a visão, acontecem muitos assaltos. "Nunca fui assaltada, mas já ouvi muita gente reclamando sobre isso" reforça Flaviane.

Procurada, a Leroy Merlin esclareceu que as transportadoras foram comunicadas que é proibido estacionar na região, porém foi realizada reunião com as empresas que tiveram mais ocorrências para reforçar que as fiscalizações estão sendo feitas.

Após a reunião, algumas transportadoras contratadas alugaram pátios externos, próximos ao Centro de Distribuição, para estacionar os veículos enquanto aguardam o horário definido para entrega. A empresa afirmou ainda que realiza três rondas no período das 22h às 6h para evitar o estacionamento irregular. (Drielly Gaspar)




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