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Santas casas da região pleiteiam mais verba para custear atendimentos

Estado anuncia ampliação do repasse, mas federação não incluiu três entidades do Grande ABC

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
12/12/2013 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Provedores das três santas casas do Grande ABC – São Bernardo, Diadema e Mauá – reivindicam repasse maior por parte dos governos federal e estadual para manutenção e melhorias nos serviços de Saúde prestados. Hoje, as entidades gastam mais do que recebem e têm dificuldade de manter o atendimento de pacientes encaminhados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Conforme aponta o provedor da Santa Casa de São Bernardo, Conrado Zambini, as entidades dependem, muitas vezes, de empréstimos bancários para continuar com as portas abertas. Com 80% de atendimento de demanda do SUS, o equipamento gasta em torno de R$ 550 mil por mês, mas recebe R$ 400 mil de repasse.

A Santa Casa de São Bernardo oferece atendimento de clínica médica, além de 60 leitos para centro cirúrgico e UTI. Há planos de ampliar o número de leitos. “Precisamos de R$ 600 mil para concluir a instalação de 20 leitos imediatos e de R$ 2 milhões para tirar do papel projeto de 56 leitos.”

A realidade da Santa Casa de Diadema é semelhante. Segundo a gestora administrativa da unidade, Luciana Nogueira, são repassados R$ 120 mil pelos cerca de 2.500 atendimentos mensais exclusivamente do SUS. Os gastos giram em torno de R$ 150 mil. A entidade oferece serviço de fisioterapia e reabilitação.

O superintendente da Santa Casa de Mauá, Harry Horst Walendy, afirma que o principal problema é o custeio. Com gasto de R$ 500 mil por mês, a unidade, que funciona como retaguarda para a Saúde municipal, recebe apenas R$ 200 mil de repasse. São cerca de 150 atendimentos mensais, além de 250 partos.

APOIO

A esperança dos gestores é integrar segunda leva de entidades que terão aumento de repasse, e que deverá ser anunciada pela Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo). Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou incremento de verba para o custeio de 117 santas casas do Estado, nenhuma da região. Entre os critérios para a escolha das entidades, a Fehosp destacou número de leitos superior a 50 e taxa de ocupação acima de 30%, além de relevância dos atendimentos e qualidade dos serviços.

O próximo passo, segundo o diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti, será elaborar estudo para que os considerados pequenos hospitais filantrópicos sejam beneficiados com repasse até 10% maior do que o já observado.

De acordo com o governador, quase metade dos leitos do Estado é em hospitais filantrópicos, considerados importantes parceiros. “Somos o único Estado do Brasil que complementa a tabela do SUS. Neste ano foram R$ 230 milhões e para o ano que vem serão R$ 535 milhões”, destaca. A expectativa, segundo Alckmin, é ampliar o atendimento e melhorar a qualidade.
 




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