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Região adere ao uso de máscara nos ônibus

Item passou a ser exigido depois de publicação de decreto estadual, há uma semana

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
14/05/2020 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


Desde o dia 7 o uso de máscaras de proteção passou a ser obrigatório em todo o Estado, de acordo com decreto publicado pelo governador João Doria (PSDB). Antes disso, os próprios municípios do Grande ABC já vinham exigindo o uso do item nos transportes coletivos. Hoje, uma semana depois, a sensação ao visitar terminais e pontos de ônibus é a de que a região aderiu à medida.

A equipe do Diário percorreu pontos de ônibus e locais com grande fluxo de pessoas, em várias partes do Grande ABC, para conversar com usuários sobre a exigência da máscara e se perceberam algum tipo de fiscalização. Na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Bernardo, o cenário era de munícipes protegidos com as máscaras e buscando distanciamento físico. A auxiliar de limpeza Kelly Moreno, 42 anos, precisa utilizar o transporte todos os dias e comenta que, às vezes, encontra com usuários sem máscara pelas calçadas, mas quando chegam ao ponto, eles a colocam. “Já vi moradores caminharem nas ruas sem a proteção por estarem fumando, comendo ou bebendo algo, mas no ponto é raro encontrar quem não esteja utilizando”, garante.

Já em paradas próximas da Rodoviária João Setti, também em São Bernardo, o aposentado Rubens da Costa, 62, diz que não viu fiscalização pela cidade. “Dentro dos ônibus é difícil encontrar alguém que não esteja usando (a máscara). O problema está nos pontos mesmo, vemos poucos ônibus circulando, então, demora mais para passar e o pessoal se acumula”, lamenta.

A desempregada Taynara Morais Chaves, 25, comenta que aprova a medida, mas acredita que falta conscientização. “O ideal seria os moradores usarem pela consciência e não como um decreto. Como estou sem trabalhar, utilizo pouco o transporte, mas quando precisei vi umas duas vezes motoristas questionarem a entrada de usuários que estavam sem a máscara no rosto”, ressalta.

Em Santo André, a situação em pontos de ônibus e terminais é bem parecida. O Diário conversou brevemente com motorista em uma das paradas, no Centro. Ele relatou que a fiscalização está rígida e, se for necessário, pode impedir a entrada do passageiro no coletivo. “Até agora são poucos os casos, mas já aconteceu (de embarcar sem máscara) e aconselhamos a buscar uma. Inclusive, está à venda aqui no Centro em vários locais”, comenta o profissional, que preferiu não se identificar.

O aposentado Pedro Donardello, 80, conta que não presenciou nenhum usuário infringindo a determinação, mas ele mesmo já foi alertado por um motorista sobre o uso correto da máscara. “Me lembro que subi no ônibus e minha máscara estava um pouco abaixo do nariz, foi quando o motorista me sinalizou para usar corretamente”, lembra o aposentado.

Apesar de ser um dever social, de acordo com o decreto estadual, a não utilização da máscara de proteção nos 645 municípios de São Paulo é passível de multa, que varia de R$ 267 a R$ 267 mil, além de detenção por até um ano. A fiscalização está a cargo das prefeituras.




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