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S.Bernardo: retorno de assessores não altera plenária
Regiane Soares
Do Diário do Grande ABC
08/11/2001 | 00:03
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A primeira sessão na Câmara de São Bernardo, após a decisão da Justiça de extingüir a ação civil pública que afastou 288 assessores, foi considerada normal pelos vereadores da Casa. Nos gabinetes, o atendimento ao público também foi tranqüilo, enquanto no plenário a maioria dos parlamentares evitou comentar a sentença que fez com que assistentes retornassem, oficialmente, ao trabalho e recebessem os salários atrasados desde quando foram afastados, em 13 de abril.

A única mudança na sessão desta quarta foi a retirada da pauta de todos os projetos que aguardavam votação e a inclusão de apenas dois itens: a proposta do orçamento para 2002, que foi adiada por uma sessão, e um veto do Executivo ao projeto do vereador Gilberto Giba Marson (PV), que foi acatado.

O motivo da alteração na pauta, segundo a assessoria de imprensa da Câmara, é que, durante este mês, os vereadores se dedicarão ao projeto do orçamento para 2002. Com isso, eles só votarão matérias que entrarem com pedido de urgência.

O vereador Tunico Vieira (PMDB) acredita que a discussão sobre o número ideal de assessores em cada gabinete, principal argumento da ação civil proposta pelo Ministério Público, deve acabar quando a FGV (Fundação Getúlio Vargas) concluir estudo que faz em São Bernardo sobre o assunto. “Já que há uma dúvida, devemos contratar de acordo com parecer técnico”, afirmou.

Segundo o presidente José Walter Tavares (PL), os assessores se sacrificaram e se dedicaram ao trabalho nos gabinetes mesmo sem receber salários e por isso não houve mudança na rotina. Tavares admitiu, porém, que a preocupação com o futuro prejudicou o pleno funcionamento das atividades. “É lógico que uma pessoa preocupada não desenvolve bom trabalho”, disse.

Tavares ainda não soube precisar o valor que a Câmara destinou ao pagamento dos salários atrasados, mas disse que havia verba em caixa suficiente para pagá-los. Segundo ele, cada gabinete pode ter até 21 assistentes ao custo limite de R$ 26,5 mil. “O problema é que nem todos os cargos foram preenchidos”, afirmou.

O assessor do vereador José Ferreira (PT), José Pinheiro, não quis dizer quanto recebeu em salários atrasados, mas garante que o valor foi suficiente para pagar apenas as dívidas. “A minha situação é igual a de todos os demais assessores”, disse.




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