Política Titulo Mauá
Suzantur tem capital inferior ao mínimo exigido em edital de Mauá

Vencedora da licitação em 2014 diz ter R$ 100 mil em bens à Junta Comercial; cota era de R$ 3,5 mi

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/11/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Vencedora da licitação para operar todo sistema de transporte coletivo de Mauá no ano passado, a Suzantur tem registro na Junta Comercial de capital inferior ao mínimo exigido pelo edital formulado pela Secretaria de Mobilidade Urbana. Para a Prefeitura, a empresa não desrespeitou regras internas, apresentando toda documentação necessária à ocasião.

Conforme o edital 8/2014, interessadas no certame precisariam comprovar ter R$ 3,5 milhões em bens. Mas, à Junta Comercial, a companhia declara possuir R$ 100 mil, distribuídos em R$ 85 mil para Angelo Roque Garcia e R$ 15 mil para Claudinei Brogliato.

Ao Diário, Brogliato já disse que não tem Angelo como sócio há quatro anos, porém, a Junta Comercial contradiz o empresário. Ontem, ele não retornou aos contatos nem esteve na garagem da Suzantur em Mauá. Funcionários afirmaram que Brogliato esteve no pátio mauaense um dia apenas nesta semana.

A Suzantur foi homologada como vencedora da licitação do transporte público de Mauá no dia 15 de agosto de 2014 com proposta de R$ 6,2 milhões – R$ 1,2 milhão a mais que o mínimo exigido no edital. O valor é referente aos dez anos de tempo de concessão. O acordo abre possibilidade de renovação do acordo por igual período, mas valores precisariam ser adicionados.

Inicialmente a Suzantur ingressou de forma emergencial no transporte coletivo de Mauá, depois que a Prefeitura cancelou contratos com a Viação Cidade de Mauá e Leblon, acusando-as de invasão no sistema de bilhetagem eletrônico municipal.

PROCURAÇÃO
Sócio-administrador da Suzantur, Brogliato recebeu procuração para ser gestor temporário da Expresso Guarará, uma das operadoras do transporte coletivo de Santo André, em especial na Vila Luzita e região central. Ele nega ter comprado a Expresso Guarará.

Segundo ele, seu papel é encontrar solução para as crises financeira e jurídica enfrentadas pela empresa, que deve R$ 15 milhões – em dados consolidados – e pode ver passivo aumentar por multas que tramitam na SATrans e na Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André.

“Estou como gestor provisório da Guarará, por meio de uma procuração emitida dos proprietários a mim, na semana passada, com o objetivo de gerir. O prazo no documento é de 60 dias. Depois caberá aos proprietários decidirem como vão prosseguir. Porém, não tenho pretensão de ficar na Guarará”, argumentou Brogliato, na quarta-feira.
(Colaborou Caio dos Reis)




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