A greve dos funcionários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entra hoje no nono dia. A paralisação, que busca recuperar as perdas salariais dos últimos quatro anos, ainda é parcial, pois algumas agências seguem oferecendo atendimento aos segurados.

Representantes do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) no Grande ABC e trabalhadores que aderiram à greve seguem fazendo campanha para ampliar a adesão na região. Ontem, o ato foi em Santo André, onde o funcionamento foi parcial, assim como em São Bernardo. Hoje, será em Mauá e Ribeirão Pires, que ontem também estavam atendendo parcialmente. Só a agência de Diadema está fechada. A de São Caetano, onde haverá assembleia amanhã, está funcionando normalmente. “O objetivo é mobilizar mais servidores, até fechar as unidades”, explica Vagner Santos, representante do Sinsprev.

Segundo o técnico do seguro social Fábio dos Reis Iglecia, que está participando dos atos, a ideia é convencer o maior número possível de trabalhadores para encerrar logo com a greve. “Em muitos casos é a chefia que está pressionando para que eles sigam trabalhando, mas a reposição salarial é para todos. Não queremos ficar muito tempo parados pois acumulamos serviço, e isso não é bom. Só queremos resolver o quanto antes essa questão.”

Os servidores do INSS pedem a reposição da inflação, que soma 27,3%. O governo, entretanto, oferece a restituição em quatro anos, sendo 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019. Pleiteiam também melhores condições de trabalho.

Na segunda-feira houve em Brasília reunião entre as centrais sindicais, o ministro da Previdência, Carlos Gabas, e a presidente do INSS, Elisete Berchiol. Conforme informou Santos, Gabas disse que vai conversar com com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e que, se houver avanço no governo, novo encontro pode ser marcado nesta semana. A reunião com Barbosa está originalmente agendada para o dia 21.