O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), e o deputado estadual eleito Atila Jacomussi (PCdoB) se reaproximaram depois de série de encontros realizados nas últimas duas semanas e tendem a formalizar aliança eleitoral nos próximos dias. A coligação com o comunista, tido como a terceira força política do município, é considerada fundamental para o projeto de reeleição do petista no pleito de 2016.

A discussão passou pelo participação do clã Jacomussi na administração petista e respaldo ao mandato de deputado que o comunista assumirá na semana que vem. Atila aparece na terceira posição, com 16%, em intenções de voto na sondagem do DGABC Pesquisa, encomendada pelo Diário e divulgada semana passada, contra 23,3% da parlamentar paulista Vanessa Damo (PMDB) e 18,8% de Donisete. Em 2012, o comunista ficou em terceiro na disputa pelo Paço e seu apoio no segundo turno influenciou a vitória do petista sobre a peemedebista.

Atualmente, o grupo comanda a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), na figura de Paulo Sérgio Pereira (PRP). A autarquia, entretanto, tem seu principal serviço, a gestão da rede de abastecimento de água, licitado para formação de uma PPP (Participação Público-Privada) e perderá conotação política para ser transformada em agência de emissão de licenças ambientais. O clã Jacomussi chegou a pleitear a Pasta de Serviços Urbanos, sob tutela do petista Rogério Santana, ao mesmo tempo em que o nome do vereador Admir Jacomussi (PRP) foi especulado para ocupar a vice de Donisete em 2016.

O temor entre os petistas é que o acordo não vingue e Atila possa se lançar na eleição de 2016 alinhado a Vanessa e gere dificuldades a Donisete. O comunista e a peemedebista foram aliados no passado, destacando que o clã Jacomussi é originário do grupo político das famílias Damo e Grecco.

Donisete e Atila não foram localizados para comentar o assunto.