Não há quem não goste de ficar navegando pela internet e nem as crianças escapam dessa. Aliás, os pequenos têm utilizado cada vez mais esta ferramenta como auxílio nos estudos e também para diversão. Mas, apesar de muito útil, é bom ficar alerta: nem todo o conteúdo é próprio para os menores, além disso, nem todos os contatos são bem-vindos.

"Os pais acham que a internet é igual a televisão, mas não é. No computador há interatividade e nem sempre dá para saber com quem o filho está falando do outro lado da tela", explica a advogada Cristina Sleiman, do escritório especializado em direito digital Patricia Peck Pinheiro Advogados.

Os filhos não podem ser impedidos de usar a rede, mas precisam receber supervisão e orientação sempre. "Não acho que deve haver privacidade entre pais e filhos. O pai tem que acompanhar o dia-a-dia da criança com o intuito de educar, proteger e orientar sempre", opina a especialista.

Além disso, Cristina Sleiman alerta que os pais precisam se manter atualizados sobre as novas ferramentas digitais como o site de relacionamento Orkut e o Youtube. "O pai deve fazer um perfil no Orkut, se for necessário, para acompanhar os interesses do filho: com quem ele se corresponde, se é dono de alguma comunidade, por exemplo", explica a especialista.

As crianças também devem conhecer suas responsabilidades. "No próprio Orkut há casos de bulling entre elas. São menores ofendendo menores, criando comunidades pejorativas. Elas devem saber pelos pais e professores que isso é errado por lei", orienta a especialista. Informação com orientação é a melhor pedida.