Política Titulo Após auditoria
MP vai investigar
desvio em Ribeirão

Promotoria abre inquérito para apurar fraude
em instituto de previdência apontada por auditoria

Por Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
24/07/2013 | 07:00
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Montagem/DGABC


O MP (Ministério Público) abriu inquérito para investigar suposto desvio de R$ 1 milhão no Imprerp (Instituto Municipal de Previdência de Ribeirão Pires) entre 2009 e 2012, quando Clóvis Volpi (PTB) comandava o Paço.

No dia 30 de junho, o Diário publicou que o prefeito Saulo Benevides (PMDB) encaminhou o relatório ao MP pedindo a investigação. A promotoria da cidade entendeu que existem indícios para serem apurados e abriu processo, que corre em segredo de Justiça.

O suposto esquema foi revelado por uma auditoria externa contratada pelo prefeito. Apuração inicial apontou que a folha de pagamento dos aposentados era adulterada antes de ser enviada ao banco responsável pela transação bancária.

Dois funcionários seriam mentores da possível fraude. A dupla levava os balancetes com os salários dos servidores aposentados para o ex-superintendente da autarquia Carlos Alberto da Silva assinar e avalizar os valores.

Após a assinatura, eles alteravam os valores no sistema da autarquia e somente depois disso encaminhava os valores para o banco realizar a transferência. Os servidores e Silva devem ser ouvidos pelo MP.

Volpi afirmou que o Imprerp é uma instituição independente e, por isso, não é responsável diretamente pela suposta fraude.

Saulo pediu ao Judiciário o ressarcimento do valor desviado durante os quatro anos. “Pedimos que esse valor seja devolvido porque é lamentável o que aconteceu. Espero que o dinheiro seja devolvido o quanto antes”, disse.

O suposto desvio pode superar o que foi revelado na auditoria. “Segundo o que foi dito pelos técnicos, a fraude deve ser maior do que temos até o momento.”

O peemedebista se mostrou preocupado com a situação constatada pela auditoria externa. “Ainda bem que conseguimos identificar o que estava ocorrendo. Essas pessoas desviaram dinheiro de aposentados. Um absurdo”, avaliou.

O comandante do Paço destacou que o resultado da auditoria nas finanças do Imprerp já valeu sua eleição. “Ainda bem que o povo escolheu a mudança. Se o candidato do Clóvis (Edinaldo de Menezes, o Dedé, PPS) tivesse vencido, a falcatrua iria continuar escondida.”

PENDÊNCIAS

Quando assumiu a Prefeitura, em janeiro deste ano, o chefe do Executivo divulgou que herdou R$ 7,4 milhões em dívidas do Imprerp.

O montante era referente à falta de contribuição patronal entre agosto e dezembro do ano passado, incluindo 13º salários.




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