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Novo conceito em
corrida de rua
em Rio Grande

Palco da segunda etapa traz cemitério, horta hidropônica, nascente e terra no percurso

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
03/07/2013 | 07:10
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Andréa Iseki/DGABC


Corrida de rua virou moda e ganha cada dia mais fãs e seguidores por todo o País. Um par de tênis apropriado e disposição já são suficientes para qualquer pessoa – desde que tenha orientação e autorização médica – praticar o esporte. E quando se remete às provas, logo vem à cabeça o asfalto, prédios ao redor e, por vezes, divisão de espaço com carros e ônibus. Mas para quem se inscreveu ou ainda pretende participar da segunda etapa do 1º Circuito Popular do Grande ABC, domingo, em Rio Grande da Serra, a experiência será outra e o percurso reserva particularidades, no mínimo, inéditas.

As variações de terreno e paisagem dão o tom do início ao fim da prova. Os atletas devem se preparar para encarar, não só paralelepípedo, e muita terra. Assim, é indicado por especialistas o uso de calçado o mais aderente possível para evitar escorregões e lesões.

A largada será no Estádio Municipal Edmundo Luiz Nóbrega Teixeira, o Teixeirão, a partir das 8h. Depois, tudo normal, tudo a ver com esporte. Mas é dali em diante que a prova ganha características de aventura. 

O início se dá em piso de grama, mas poucos metros adiante começa o trecho de terra, às margens de antigo lago de decantação da Sabesp – apoiadora da competição. Por ali, segue-se por quase dois quilômetros, até encontrar a primeira subida, de paralelepípedo. 

Após variação de declives e aclives, já com a Represa Billings ao lado direito, os corredores passarão por plantação de folhas hidropônicas, das quais o rio-grandense Alexandre Anghoni cuida com carinho. Entre as 13 mil mudas cultivadas e cuidadas manualmente com sistema ecológico e reaproveitamento de água, há alface, salsinha e agrião, comercializadas principalmente com os restaurantes da região. 

Perto dali, a prova passa em frente à casa dos três irmãos e ex-prefeitos Aarão Edmundo Jardim Teixeira (gestor de 1977 a 1982), José da Cruz Jardim Teixeira (1993 a 1996<CS10.4>) e Adler Alfredo Jardim ‘Kiko’ Teixeira (2005 a 2008 e 2009 a 2012). 

Em meio à terra e trechos em paralelepípedo, o pe</CS><CS10.3>rcurso atravessa ponte que sobrepõe uma nascente. Mais à frente, a bifurcação: aqueles que vão participar da caminhada de cinco quilômetros seguem à esquerda, enquanto os corredores dos dez viram à direita, na Estrada do Rio Pequeno. 

Pela frente, após alguns metros, pequenos comércios e vendas, mas muito verde de ambos os lados da pista. Um pouco mais adiante, após subida, a Igreja Nossa Senhora Aparecida, que embeleza a paisagem, apesar da simplicidade. Passados dois quilômetros, o trajeto traz à vista o cemitério São Sebastião e, logo depois, o Parque dos Ipês, local do treinã, realizado no sábado. Depois de mais 2.000 metros neste último local, a prova se encaminha para o fim, onde tudo começou: o Estádio Teixeirão.

“Nossa cidade é bonita de se ver. Dentro da metrópole que é o Grande ABC e o cenário urbano, temos 50 mil habitantes e característica de Interior. A expectativa é muito boa, afinal será um dos maiores, se não o maior, evento do local. Faremos porque queremos que vire calendário”, destacou o secretário adjunto de Esportes, Valdir Marques.

Ele acompanhou o Diário durante o percurso e mostrou o quanto os moradores estão ansiosos para receber os corredores – a cada casa ou comércio, cartazes convidavam para a segunda etapa do circuito e os munícipes transpareciam alegria por fazer parte do evento. “Dentro das nossas limitações, afinal Rio Grande da Serra é carente, mas no que depender de esforços humanos, vamos fazer da melhor forma”, concluiu Marques.

Apesar da pequena frota, trânsito exige cuidados

Aproximadamente 50 mil habitantes e frota de 10 mil carros. Esta é Rio Grande da Serra, palco da segunda etapa do Circuito Popular de Corrida de Rua do Grande ABC. Mas apesar de ter um número de veículos reduzido, a comissão de trânsito da cidade prevê esquema especial para domingo, dia da prova.

Coordenador do departamento, Alex Tavares pediu paciência aos moradores que residem próximos ou nas vias que servirão de trajeto. “O pessoal fica um pouco nervoso com bloqueios de vias, mas é por curto período e todos respeitarão. Geralmente todos são bem compreensíveis e, por ser uma novidade, também acalma as pessoas, porque ficam curiosas e querem saber o que é”, explicou.

A partir das 4h30, equipe da Federação Paulista de Atletismo chegará à cidade do Grande ABC para iniciar a demarcação e interdição do trajeto. Até as 11h, todo o percurso estará completamente liberado. “Será trabalho de muito esforço da comissão de trânsito em conjunto com o pessoal (<CF51>da secretaria</CF>) de Esporte e da Defesa Civil”, afirmou Tavares.

Outro dos responsáveis para que a corrida aconteça de maneira organizada, representando a Polícia Militar, o cabo Izaías colocou efetivo à disposição dos organizadores, apoiadores e corredores. “Vai ser bom para o município um evento esportivo. A organização é feita sem maiores problemas”, afirmou. “A população e a criminalidade por aqui são bem tranquilas, mas a Polícia Militar estará presente para prestar apoio total”, completou.

Desde ontem, quando os envolvidos na organização vistoriaram o circuito para averiguar as condições, o trajeto passa por todos os procedimentos para receber os mais de 2.000 corredores que participarão da etapa rio-grandense do circuito de rua.




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