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Moradores de edifício que desabou em 2019 em S.Caetano cobram prorrogação do auxílio aluguel

Mais de 100 famílias foram removidas do Edifício Di Thiene e aguardam pelo atendimento habitacional definitivo

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
04/03/2021 | 18:24
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Celso Luiz/DGABC


Cerca de 40 pessoas se reúnem nessa tarde na esquina das ruas Conde Francisco Matarazzo e Heloísa Pamplonam, no Bairro Fundação, em São Caetano, para protestar pela falta de moradia. Todos são moradores do Edifício Di Thiene, que desabou parcialmente na madrugada do dia 8 de junho de 2019.O imóvel era invadido, mas os moradores alegam que compraram as residências, e as 102 famílias foram removidas e incluídas no benefício do auxílio aluguel, por 18 meses. Os moradores cobram uma solução habitacional definitiva, como foi prometido pela Prefeitura de São Caetano e pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbana), autarquia ligada à Secretaria de Estado da Habitação.

Segundo o auxiliar de inclusão Anderson Paulo de Oliveira, 33 anos, a última parcela do auxílio aluguel foi pago em janeiro, mas as famílias querem que a administração municipal continue com os pagamentos, até que as novas residências sejam construídas. "Já se passou mais de um ano e até agora a gente não tem previsão nenhuma de início das obras", reclamou.

Em junho de 2020, a CHDU apresentou para a prefeitura dois projetos para construção de unidades habitacionais, em dois possíveis locais. Segundo os moradores, não houve continuidade porque as duas áreas apresentadas pela administração municipal estão em locais da cidade que são afetados por enchentes. A diarista Eliene Fernandes, 41, afirmou que com a pandemia, a situação das famílias se agravou. "O auxílio não paga todo o aluguel, mas ajuda. Agora, com menos trabalho, a gente precisa mais ainda desse benefício", afirmou.

Em nota, a Prefeitura de São Caetano informou que a questão do projeto de construção de unidades habitacionais no local onde foi demolido o Edifício Di Thiene continua em poder da Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo. "Portanto, não há previsão de início de obras no local. São cerca de 100 famílias, que receberam auxílio aluguel em 18 parcelas, sendo R$ 800 na primeira parcela e R$ 400 nas subsequentes para cada família", relatou o comunicado. A administração municipal informou, ainda, que o departamento jurídico da prefeitura está estudando o caso para continuidade do auxílio emergencial para essas famílias cadastradas. A CDHU ainda não respondeu aos questionamentos da reportagem.




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