Política Titulo Diadema e Mauá
Ricardo Yoshio e João Veríssimo ficam neutros no segundo turno

Terceiros colocados em Diadema e Mauá evitam tomar lado para evitar desgaste futuro

Júnior Carvalho
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
19/11/2020 | 00:01
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Denis Maciel/DGABC


Os ex-prefeituráveis Ricardo Yoshio (PSDB), de Diadema, e João Veríssimo (PSD), de Mauá, decidiram ficar neutros no segundo turno. Os dois disputaram voto a voto as vagas na reta final do pleito, mas terminaram em terceiro lugar nas duas únicas cidades do Grande ABC em que haverá nova decisão.

Yoshio encerrou a corrida de domingo com 14,64% dos votos (29.726) em solo diademense. O confronto final será entre José de Filippi Júnior (PT), que obteve 45,65% (92.670), e Taka Yamauchi (PSD), que recebeu 15,42% (31.301). Já em Mauá a briga é entre o atual prefeito Atila Jacomussi (PSB), candidato à reeleição, e o vereador Marcelo Oliveira (PT). O socialista abocanhou 36,48% (70.490) no primeiro turno, ante 19,84% (38.330) do petista.

Os apoios da dupla eram esperados pelos candidatos que foram ao segundo turno, que viam nas possíveis adesões como alternativa, em alguns casos, para equilibrar as disputas. Contudo, tanto no caso de Yoshio quanto no de Veríssimo, a isenção na reta derradeira do pleito foi escolhida para preservar futuros projetos. A ideia é não tomar lado hoje para evitar eventuais desgastes eleitorais amanhã. Atualmente vereador, Yoshio vislumbra construir caminho para vir candidato a deputado em 2022. Debutante nas urnas, Veríssimo também traça projetos para os próximos pleitos.

“Após a conversa que tivemos com a executiva municipal (do PSDB) chegamos à conclusão de que não temos como apoiar o Filippi por uma questão partidária (rivalidade entre tucanos e petistas) nem o Taka porque entendemos que será a continuidade do atual governo pelo fato de o (prefeito) Lauro (Michels, PV) apoiá-lo”, declarou Yoshio, ao Diário.

Apesar da neutralidade, o tucano afirmou que liberou a militância para trilhar o “caminho desejado”, mas acredita que seu eleitorado optará por Filippi na fase final do pleito. “O Filippi tem um nome na cidade. As pessoas desvinculam ele do PT. As pessoas gostam dele, ele é carismático, estava nas ruas. Então, muitos dos meus eleitores vão para ele pela questão da experiência e não de apostar no novo.”

No início da semana, Yoshio havia afirmado ao Diário que qualquer decisão por apoio no segundo turno seria de ordem pessoal. Posteriormente, porém, o tucano conversou com o prefeito reeleito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), padrinho político de sua candidatura ao Parque do Paço. À noite, durante live nas redes sociais, Taka indicou que não gostou nada da isenção. “Aqueles que ficarão omissos (no segundo turno) não merece nosso respeito”, alfinetou.

As opções para Veríssimo em Mauá deixaram o pessedista em sinuca de bico. Por um lado, construiu uma campanha com ataques a Atila, explorando o fato de o socialista ter sido preso duas vezes e sofrido impeachment – também acionou o Ministério Público contra o prefeito apontando indícios de irregularidades em contratos na saúde. Por outro prisma, porém, o pessedista tem buscado se afastar ainda mais do petismo, sigla onde sua família construiu carreira política. 




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