Política Titulo Avanço na Operação Raio X
Rato terá de decidir futuro da CPI da Saúde em Ribeirão

Requerimento foi aprovado, mas regimento não é claro sobre trâmite do processo na casa

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
14/10/2020 | 00:01
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Está na mão do presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Rato Teixeira (PTB), a decisão do futuro da CPI apresentada na semana passada para apurar as denúncias feitas pelo Gaeco (Grupo de AtuaçãoEspecial de Combate ao Crime Organizado) sobre contratos da Santa Casa de Birigui, entidade que faz a gestão da saúde de Ribeirão.

Na sessão de quinta-feira, com oito assinaturas, a oposição emplacou o requerimento solicitando a abertura da comissão para investigar o caso. Porém, o regimento interno do Legislativo não é claro acerca dos próximos passos. Tanto que há divisão, entre os parlamentares, sobre o episódio – parte avalia que as oito assinaturas são suficientes para instalar a apuração; outros creem que é preciso aprovação, por maioria no plenário, da solicitação.

Rato se debruça sobre o imbróglio desde quinta-feira, quando o requerimento foi aprovado. Porém, até ontem não havia dado parecer sobre o episódio. Rato é sobrinho do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), que não foi citado nominalmente na Operação Raio X, que apontou a existência de fraude em contratos de OSs (Organizações Sociais) com secretarias de Saúde pelo Estado.

Proponente da CPI, o vereador Amigão D’Orto (PSB) – candidato a vice na chapa de oposição do ex-prefeito Clóvis Volpi (PL) na eleição deste ano – afirmou que cobrará da mesa diretora da Câmara posicionamento sobre a CPI. Conforme o parlamentar, ele espera que até amanhã, data da próxima sessão, haja definição a respeito do tema.

“Vou entrar em contato com o presidente da Câmara nos próximos dias. Precisamos realizar a instauração desta comissão para analisar contratos elaborados na saúde de Ribeirão Pires”, declarou o vereador. Além de Amigão, que deverá presidir a comissão por ser o autor do pedido de CPI, outros dois parlamentares deverão ser indicados para compor a comissão, se ela for, de fato, instalada. Ao Diário, Rato diz que espera por parecer jurídico para anunciar os próximos passos.  




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