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Câmara dos deputados rejeita voto em lista fechada
Do Diário OnLine
Com Agência Câmara
28/06/2007 | 00:35
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A Câmara dos Deputados rejeitou na noite desta quarta-feira por 252 votos a 181 e 3 abstenções a proposta de voto em lista fechada nas eleições, o primeiro item a ser votado no projeto de reforma política. Caso fosse aprovada, o eleitor passaria a votar em uma lista fechada elaborada pelo partido, digitando o número da legenda, nas eleições para deputados e vereadores.

A votação do restante da reforma política (fidelidade partidária, federações partidárias, financiamento público de campanhas) ficou para a próxima semana.

Momentos antes, o plenário da Câmara também havia rejeitado, por 240 votos a 203, a emenda substitutiva apresentada por líderes de partidos do DEM, PMDB, PT e PCdoB, que pretendia criar a lista flexível em substituição à lista fechada, cujo projeto original era do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
 
A emenda, surgida de negociações dos partidos em torno de outra emenda apresentada na quinta-feira passada (21), propunha um sistema híbrido de escolha nas eleições proporcionais. Metade das vagas a que o partido ou federação partidária teriam direito seria preenchida obedecendo a ordem da lista apresentada. A outra metade ficaria com os candidatos dessa lista mais votados individualmente pelo eleitor.

Ela previa ainda um financiamento misto de campanhas, com recursos públicos e privados, se arrecadados de pessoas físicas. Os de origem pública poderiam ser usados somente na campanha dos candidatos às eleições majoritárias (cargos de chefe do Poder Executivo e senador) e para a divulgação das listas partidárias das eleições proporcionais.

Já os recursos captados das pessoas físicas ou do próprio candidato somente poderiam ser usados nas campanhas individuais a deputado federal, estadual ou distrital e a vereador.
 
Após a votação, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, afirmou que a Casa continuará "trabalhando para aprimorar o sistema eleitoral e o sistema político, fazendo o papel que é da Câmara".

"Sabíamos que havia divergências sobre esse tema das listas, mas há outros temas importantes, que eu acredito que na próxima semana poderemos votar, como a fidelidade partidária e o fim das coligações proporcionais", afirmou o presidente.



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