A favela, localizada na avenida Zaki Narchi - próximo ao Shopping Center Norte -, tem 20 mil metros quadrados e abriga cerca de 2.500 moradores em 500 barracos. Os Bombeiros acreditam que pelo menos 300 pessoas ficaram desabrigadas.
O fogo foi descoberto por policiais militares por volta das 17h30, quando a viatura comandada pelo capitao Samuel de Oliveira fazia uma ronda pelas proximidades da avenida Zaki Narchi. O primeiro procedimento da PM foi deslocar os idosos, mulheres e crianças que estavam no local de incêndio e retirar botijoes de gás dos barracos ainda nao atingidos pelas chamas.
O Corpo dos Bombeiros foi acionado logo em seguida e encaminhou ao local caminhoes-pipa e diversas viaturas, totalizando cerca de 30 veículos. Dois helicópteros da PM auxiliaram no combate às chamas e jogaram água no incêndio, pelo alto. Parte da água utilizada pelos helicópteros foi extraída das piscinas de um clube da regiao.
'Gambiarra' - O Corpo de Bombeiros acredita que o incêndio tenha sido provocado por problemas elétricos. O coronel Vágner Ferraz afirmou à Rádio CBN que as chamas ocorreram "talvez por um curto-circuito em algum ponto em que houvesse contato com combustíveis: madeira, papel, papelao".
Soldados encontraram uma presilha, semelhante a um alicate, no meio dos rescaldos do incêndio. O instrumento é bastante usado para as "gambiarras", ligaçoes elétricas clandestinas que acabam fornecendo energia para várias casas.
Bombeiros e policiais tiveram certo trabalho para manter o cordao de isolamento. Moradores desolados assistiam ao fogo consumir as casas de madeira e alvenaria. "Essas pessoas muito humildes, que já nao têm nada, perderam o pouco que tinham", lamentou o capitao Oliveira.
Com o avanço do trabalho de rescaldo, os Bombeiros e PMs permitiram aos moradores dos cerca de 200 barracos que nao foram atingidos entrarem em suas casa para recuperar alguns pertences.
A Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Sao Paulo afirmou que vai cadastrar as pessoas desabrigadas e encaminhá-las a outros locais, ainda desconhecidos. O secretário de governo da Prefeitura, Arnaldo Faria de Sá, informou que as famílias passarao a noite em barracas montadas ao lado da favela, no pátio do conjunto habitacional Cingapura.
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